A Fundação Augusto César Ferreira Gil, na Guarda, deu lugar à Fundação João Bento Raimundo. A alteração da designação já foi aprovada em Conselho de Ministros e está registada na Direção-Geral da Segurança Social desde março.
Esta é a alteração mais significativa concretizada pela instituição particular de solidariedade social sem fins lucrativos, criada há 30 anos na Guarda, ao abrigo da lei das Fundações. «É um trabalho que está em curso há um ano mas só agora é que os estatutos foram aprovados em Conselho de Ministros e publicados», adianta Marília Raimundo. A presidente do Conselho de Administração da Fundação refere que a mudança de nome resulta de uma decisão dos órgãos da instituição, «que optaram por João Bento Raimundo porque é o único sócio fundador que permaneceu na Guarda». A responsável refere que a legislação obriga a alterações por cada resposta social da Fundação e que a administração «não tem ainda bem presente a ideia dos setores que pode promover mais no âmbito da sua atividade de solidariedade social na Guarda».
De resto, Marília Raimundo sublinha que continua inalterado «o compromisso da continuidade do trabalho realizado e da missão que se tem levado a cabo até aos dias de hoje». Atualmente, a Fundação possui uma creche e jardim-de-infância, um ATL, um lar e centro de atividades ocupacionais para deficientes, uma residência sénior, uma cantina social e uma loja social. É ainda sócia fundadora da Ensiguarda – Escola Profissional da Guarda, que gere. Para o futuro, Marília Raimundo gostaria de implementar um projeto para crianças dos 10 ao 18 anos «com alguma deficiência e rejeitadas pela sociedade» e também várias salas “snoezelen” na instituição. «É uma valência que faz falta na Guarda, pois permitem estimular os sentidos de utentes com deficiências profundas e de pessoas com Alzheimer ou que tenham sofrido Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC)», disse a responsável, acrescentando que a Fundação tem equipas técnicas especializadas nestas áreas.
Do Conselho de Curadores fazem parte Marília e João Raimundo, Carlos Andrade (vice-presidente da União das Misericórdias), Joaquim Valente (ex-presidente da Câmara da Guarda), Amândio Baía (professor da ESTG do IPG), Maria Teresa Ribeiro (gestora de conta) e Carmen Amaral Cruz (professora do ensino básico). Os estatutos preveem ainda os cargos de diretor executivo e de presidente do Conselho de Administração, que poderão ou não serem assumidos pela mesma pessoa. «O exercício de qualquer cargo nos órgãos da Fundação é gratuito, mas justifica o reembolso de despesas dele derivadas», admitem os estatutos, que ressalvam, no nº2 do art.12º, que o Conselho de Administração poderá decidir o pagamento de uma remuneração «quando o volume do movimento financeiro ou a complexidade da administração da Fundação exija a presença prolongada de um ou mais membros» dos seus órgãos.