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Fundação Côa Parque mantém-se

Ministro da Cultura reuniu-se com trabalhadores e garantiu que não haverá despedimentos no Museu do Côa e Parque Arqueológico

Luís Filipe de Castro Mendes, ministro da Cultura, esteve em Vila Nova de Foz Côa na segunda-feira para confirmar que o modelo de fundação criado para a gestão do Parque Arqueológico e do Museu do Côa vai manter-se.

Segundo o governante, «o mais viável é a continuação do modelo de fundação», embora seja necessária uma «profunda reestruturação». Para Luís Castro Mendes, é «essencial» que a revitalização da Côa Parque seja feita «através do diálogo com os trabalhadores», com os quais reuniu e de quem ouviu queixas relativamente às «faltas e carências que têm sentido nos últimos anos» e ainda as «dúvidas sobre os excessivos modelos de gestão que têm sido apresentados para o Vale do Côa». O ministro assegurou ainda a manutenção dos postos de trabalho existentes, garantindo que não haverá despedimentos. De acordo com Gustavo Duarte, presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, a fundação tem tido «algumas reuniões» com a tutela, tendo já agendado um novo encontro para 7 de julho com alguns fundadores, representantes das Finanças e do Turismo de Portugal para «definirmos a melhor solução». O autarca adianta ainda que «talvez no final de julho a situação esteja resolvida».

Para o autarca, «os cortes e a falta de dotação financeira conduziram-nos a esta situação», acrescentando que este modelo só resultará se «houver um regime de exceção» para a Côa Parque. Por sua vez, José Pedro Branquinho, representante dos trabalhadores, revelou que estes esperavam que o Estado «tutelasse novamente» o Parque Arqueológico e o Museu. «Estes cerca de cinco anos em que estivemos sob o modelo da Fundação foram maus de mais. A falta de financiamento levou a que se cometessem muitos erros, alguns deles graves, tais como a falta de dinheiro para o pagamento de salários dos trabalhadores», recorda o sindicalista.

Luís Castro Mendes teve uma primeira audição em comissão parlamentar a 17 de maio e, nessa altura, não adiantou nada sobre o futuro da Fundação Côa Parque. Esta entidade foi criada em 2011 com o objetivo de gerir o Parque Arqueológico e o Museu do Côa, tendo em vista a proteção, conservação, investigação e divulgação da arte rupestre, classificada Património Mundial da UNESCO em 1998. O seu capital social está distribuído da seguinte forma: 275 mil euros, da Direção-Geral do Património Cultural, cem mil euros da Agência Portuguesa do Ambiente e do Turismo Porto e Norte, 20 mil euros da Câmara de Vila Nova de Foz Coa e cinco mil euros da Associação dos Municípios do Vale do Côa.

Patrícia Garrido Próxima reunião está agendada para sete de julho

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