Foi no dia 9 de maio de 1748 que o papa Bento XIV canonizou São Frei Gil, frade dominicano médico, taumaturgo, teólogo e pregador. Nasceu na Quinta da Cavalaria, em Vouzela (actual edifício da Santa Casa da Misericórdia), entre 1184 e 1190.
Recebeu uma educação religiosa e intelectual no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, a primeira escola de estudos superiores em Portugal. Posteriormente doutorou-se em Teologia na Universidade de Paris. A sua conversão teve início na capital francesa e consumou-se em Palência, onde entrara para a Ordem dos Pregadores. Sob a sua influência, quem o ouvia pregar, muitos jovens estudantes e até alguns professores, abraçaram a vida religiosa na mesma Ordem. Regressou a Portugal pelo ano de 1229.
Tem o seu nome ligado aos factos relacionados com a deposição de D. Sancho II e à subsequente regência e ascensão ao trono de D. Afonso III.
Foi designado prior provincial da sua Ordem para as Espanhas em 1233, tendo defendido no Capítulo da Ordem, em Burgos, a instalação de um convento no Porto. Em 1238 participou no Capítulo geral da Ordem, na cidade italiana de Bolonha, em que saiu eleito Mestre Geral Raimundo de Penaforte. Morreu em Santarém a 14 de maio de 1265, sendo os seus restos mortais colocados numa humilde sepultura monástica. Seis anos mais tarde, D. Joana Dias, senhora de Atouguia e sua parente, custeou as despesas da trasladação para uma das capelas do Convento Dominicano de Santarém.
Por: Américo Brito
