Arquivo

Francisco Lopes quer distrito da Guarda a dinamizar sector primário

Candidato do PCP à Presidência da República esteve reunido com a direcção do NERGA na semana passada

O candidato do Partido Comunista entende que «o distrito da Guarda deve apostar no sector primário». Na segunda visita à região na pré-campanha, Francisco Lopes voltou a defender a valorização das actividades agrícolas e pecuárias como forma de evitar a dependência do estrangeiro nesta área.

Num encontro com a direcção da Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA), que decorreu na passada quarta-feira, o candidato mostrou-se novamente preocupado com o rumo de um distrito que «tem potencialidades que não estão a ser aproveitadas», disse. «Vincámos a importância dos recursos agrícolas, pecuários e florestais e a necessidade de os aliar à indústria», sintetizou Francisco Lopes no final da reunião, que se realizou à porta fechada. A necessidade de uma política de promoção e de apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME’s) foi outra das ideias que defendeu. Na sua opinião, estas empresas são essenciais «tanto para o aproveitamento dos recursos naturais, como para a fixação de populações, especialmente das camadas mais jovens, evitando a sua “fuga” para o litoral ou até mesmo para o estrangeiro».

No entanto, o candidato considerou que, por vezes, o país «caminha no sentido oposto»: «A aplicação de portagens nas SCUT, por exemplo, é um elemento devastador que irá ter consequências não só para a população, mas também para as actividades económicas», referiu. O recente encerramento da fábrica Delphi foi outro dos motivos que o levaram a criticar o Governo e até mesmo o actual Presidente da República, Cavaco Silva. «Este fecho não deixa de ser simbólico, já que nos alerta para muitas outras situações no país que confirmam o rumo de afundamento nacional no qual o actual Presidente tem responsabilidade», declarou. O executivo de Sócrates também foi responsabilizado pelo «estrangulamento do poder local», o que impede «o desenvolvimento equilibrado do país», exemplificado com os cortes previstos no Orçamento de 2011 para as autarquias.

Apesar de ter falado sobretudo dos problemas que afectam o interior, o candidato afirmou levar do distrito da Guarda «uma imagem de preocupação, esperança e de confiança que será possível garantir outra qualidade de vida na região se existir uma mudança política global». Nesta segunda deslocação à região, Francisco Lopes esteve nos distritos de Castelo Branco, Viseu e Guarda.

Catarina Pinto

Francisco Lopes quer distrito da Guarda a
        dinamizar sector primário

Sobre o autor

Leave a Reply