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Foz Côa vai ter embarcação tipo “Barco Rabelo” nas águas do Douro

Investimento de mais de 300 mil euros deverá estar concluído durante o próximo Verão para atrair mais turistas

Aproveitar o potencial turístico proporcionado pela meia centena de quilómetros de Rio Douro no concelho é a grande ambição que está na origem de um concurso público da Câmara de Vila Nova de Foz Côa para adjudicação da concepção e construção de uma embarcação em madeira exótica. O preço-base para o fabrico desse barco turístico, a fazer lembrar os tradicionais “Barco Rabelo”, ultrapassa os 300 mil euros (60 mil contos), sendo que deverá ficar concluído num prazo de oito meses, a tempo de estar disponível para o próximo Verão.

«O objectivo é explorar o turismo naquela zona, na medida em que o concelho tem uma margem de 50 quilómetros do Rio Douro, e substituir a traineira adaptada que costumava fazer aquele percurso até há quatro anos atrás», explica Sotero Ribeiro, autarca fozcoense. A nova embarcação virá assim «colmatar essa falha» no turismo do concelho, dado que quem costuma visitar Vila Nova de Foz Côa apenas tem disponíveis um pequeno barco, com capacidade para «poucas pessoas», e outras embarcações de grande porte que por ali passam, «mas que estabelecem ligação ao litoral». O barco que a câmara pretende ver atravessar as águas do Douro já no decorrer do próximo Verão terá capacidade para 70 pessoas, estando equipado com restaurante e cozinha para poder servir refeições a bordo, indica Sotero Ribeiro. A autarquia de Vila Nova de Foz Côa candidatou a construção da embarcação aos fundos comunitários do Interreg III, que irá comparticipar 75 por cento do valor da adjudicação, ficando a parte restante a cargo da Câmara. A “obra”, que tem um prazo de execução de oito meses, deverá ser adjudicada em finais de Novembro, daí que o «grande objectivo» seja ver o barco a funcionar no Verão de 2004. Entre os critérios considerados para apurar a proposta mais vantajosa encontram-se as capacidades financeira, económica e técnica dos concorrentes, mas as condições essenciais serão o preço, no valor de 60 por cento, e a experiência do estaleiro em projectos similares, no valor de 40 por cento.

Se tudo correr conforme o esperado, quem visitar o concelho de Vila Nova de Foz Côa naquela altura poderá desfrutar de agradáveis passeios ao longo do Rio Douro, não sendo de descurar a realização de percursos «fora do barco» que poderão, por exemplo, incluir visitas às adegas da região, conta o edil. Posta de parte está, pelo menos para já, a construção de mais alguma embarcação para aproveitamento turístico. «Era bom sinal que houvesse necessidade de se fazerem mais», o que significaria que o número de turistas era muito elevado. Contudo, «a curto e médio prazo, não estamos a pensar nisso», assevera Sotero Ribeiro.

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