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Foz Côa na final da Taça de Honra

Dois golos marcados na segunda parte valeram o triunfo sobre o Paços da Serra

O Foz Côa derrotou o Paços da Serra por duas bolas a zero e apurou-se para a final da Taça de Honra da Associação de Futebol da Guarda. Numa tarde de tempo instável de céu encoberto e com algum frio, a grande surpresa da tarde foi o muito público vindo da parte do clube visitante que, de forma alegre, entusiástica e ordeira, apoiou desde o início a sua equipa, também ela uma agradável surpresa, pois não fica nada atrás de outras equipas da Iª divisão.

Pelo facto de jogar em casa e militar numa categoria superior, o Foz Côa assumiu o papel de equipa favorita e praticou um futebol bonito e apoiado mas muito lento e denunciado, não conseguindo concretizar o seu objetivo principal, o golo. Já o Paços da Serra procurou sempre defender e fê-lo quase sempre bem e ia espreitando o contra-ataque. Deste modo, a primeira parte terminou sem que o resultado inicial sofresse alteração. Na segunda parte, a toada ofensiva da equipa local manteve-se sempre com muita entrega e determinação mas também com muita ineficácia. Ao minuto 55 lesionou-se e cedeu o seu lugar a Mélita e este facto que poderia ser entendido como um infortúnio para o Foz Côa acabou por se revelar decisivo. Com a sua velocidade e irreverência, o atleta que saltou do banco de suplentes começou a causar calafrios na defensiva do Paços e contagiou os seus colegas atacantes. Fruto dessa melhoria, o Foz Côa adiantou-se no marcador por intermédio de Bruno Coutinho aos 67’. Na sequência de um excelente cruzamento de José Pedro Marra, o avançado, com um belo gesto técnico, fez um bonito golo.

Volvidos três minutos, o Paços da Serra poderia ter mudado o rumo dos acontecimentos, caso não tivesse desperdiçado uma grande penalidade, através de João Carlos, a castigar mão de Sardinha na área do Foz Côa. A partir desse momento, o treinador do Paços da Serra procurou alterar o cariz do jogo fazendo duas substituições quase simultâneas e arriscou em busca da igualdade. No entanto, seria o Foz Côa já na parte final do encontro, aos 86’, que viria a colocar um ponto final no desfecho da eliminatória fazendo o segundo golo. Excelente jogada de Mélita que colocou a bola em Bruno Coutinho que, com um pormenor técnico extraordinário, assistiu Silva que só teve que ”encostar”. Quanto ao árbitro Óscar Andrade, tecnicamente poderá ter errado num ou noutro lance, mas teve a seu favor o facto de acompanhar sempre os lances de perto. Em termos disciplinares esteve impecável e possui dois excelentes árbitros assistentes. Óscar Andrade é um jovem promissor da nossa arbitragem e possui qualidades físicas, humanas e técnicas para triunfar.

Daniel Soares

O Foz Côa confirmou o favoritismo e apurou-se para a final

Foz Côa na final da Taça de Honra

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