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Fornos de Algodres restaura Dólmen de Cortiçô

A Câmara de Fornos de Algodres concluiu o processo de conservação e restauro do Dólmen de Cortiçô, classificado como imóvel de interesse público e que foi alvo de um ato de vandalismo em 2011.

A autarquia presidida por Manuel Fonseca refere que a intervenção resultou «da resposta encontrada para o grave problema que ocorreu em janeiro de 2011, quando o dólmen foi sujeito a uma ação de vandalismo».

A fonte recorda que o Dólmen de Cortiçô foi «utilizado para derreter o revestimento de fios de cobre», o que o deixou «substancialmente queimado e com resíduos de cabos espalhados pela mamoa do monumento».

No relatório elaborado em 2011, após o ato de vandalismo, o arqueólogo António Valera referia que «alguns esteios do monumento apresentam-se bastante queimados e enegrecidos pelo fogo e fumo», frisando que, «do que foi possível verificar, parece não haver danos estruturais que ponham em causa a estabilidade do conjunto arquitetónico».

«No interior da câmara, as temperaturas atingidas provocaram o lascamento e destacamento das superfícies internas de alguns esteios, nomeadamente dos que ainda apresentavam restos de pinturas a vermelho, as quais foram irremediavelmente afetadas», descrevia António Valera.

O arqueólogo propunha a limpeza dos esteios do monumento megalítico e sugeria que a operação fosse executada por um especialista em conservação e restauro. Os trabalhos foram realizados entre os meses de dezembro de 2016 e maio deste ano, por uma empresa especializada, sob a direção científica da arqueóloga Susana Carvalho e do técnico superior de conservação e restauro Marco Bento.

No documento final do restauro disponibilizado pela autarquia de Fornos de Algodres é explicado que, com a ação de conservação, consolidação, proteção e valorização, procurou-se «minimizar a destruição e a degradação do sítio, quer no interior como no exterior do espaço musealizado, não só causada por fatores de ordem ambiental, mas também por fatores de ordem antrópica, procurando sempre minimizar a diferença entre o artificial e o natural».

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