O Foz Côa, a jogar no seu reduto frente ao líder do campeonato, acabou por ter a sorte do jogo, conseguindo destronar o Fornos de Algodres da liderança da Iª Divisão Distrital da Guarda. Contudo, foi o Fornos que surgiu mais agressivo nos minutos iniciais, querendo adiantar-se no marcador.
No entanto, Zé Tavares, ao segundo poste, não conseguiu fazer melhor do que rematar por cima da baliza. A partir daqui, o Foz Côa equilibrou a partida e, sem qualquer medo dos visitantes, acabou também por criar algum perigo para as redes de Alfredo. A bola foi muito disputada pelo ar, devido ao muito vento que se fez sentir na cidade duriense, pelo que surgiram poucas situações de perigo para ambas as equipas. Só a partir da segunda metade da primeira parte é que surgiu um ataque da equipa serrana, quando Valter defendeu bem um remate de Yuri e depois, na recarga, foi a defesa local que salvou sobre a linha um remate de belo efeito de Pedro Mendes. Na resposta, o Foz Côa aproveitou da melhor forma uma pequena falha dos visitantes, ganhando um pontapé livre na zona frontal que Artur converteu de forma brilhante para fazer o primeiro tento da sua equipa. A partir daqui, os locais retraíram-se, pelo menos até ao intervalo, o que muito dificultou as jogadas de ataque dos fornenses, que não conseguiram entrar na muralha defensiva do Foz Côa.
Após o descanso, a equipa de Paulo Barra surgiu com outra postura, já com Rui Ramos em campo, e acabou por criar muitas dificuldades à equipa da casa. Vários lances de perigo rondaram a baliza de Valter, caso da jogada em que Bruno, isolado diante do guardião, rematou da pior maneira por cima da baliza. Os serranos carregaram ainda mais no acelerador e aos 62’ Yuri, frente à baliza, recebeu uma bola e não hesitou empatando a partida. A reacção do Foz Côa não foi muito forte, visto que os visitantes continuaram a sua toada atacante. No entanto, alguns minutos mais tarde, Lúcio conseguiu fazer o golo da vitória após um contra-ataque rapidíssimo pela esquerda. Foi um autêntico “balde de água fria” para a equipa visitante, que não mais conseguiu “furar” a boa organização defensiva do Foz Côa e viu assim escapar-lhe a liderança do Distrital, para além da invencibilidade. O trio de arbitragem esteve bem, à excepção de um ou outro lance.
Cristina Sofia
