O novo auditório do Centro Cultural de Fornos de Algodres vai ser palco, a 4 de Maio, da celebração dos 113 anos do nascimento de António Menano, fadista natural da vila. Para assinalar a efeméride, está agendada uma tarde de fados de Coimbra, a partir das 18h30, pelo Grupo de Fados e Baladas de Coimbra “A arte e a alma do Fado”.
António Menano (1985-1969) foi estudante de Medicina em Coimbra e, além de compositor, notabilizou-se como intérprete do fado mondeguino, numa década considerada de ouro. Matriculado na universidade, viu despontar a sua estrela em Março de 1915, quando cantou um fado em Aveiro, num sarau organizado pela Associação Académica de Coimbra, com a participação da Tuna e do Orfeão. Foi nesse ano lectivo que António Menano se tornou solista e ensaiador do naipe dos primeiros tenores do Orfeão, passando também a cantor “titular” de fados e canções nos Saraus e outros espectáculos. “Patriótico”, “Das Romarias”, “Do Choupal”, “Dos Passarinhos” e “Morena” são alguns dos seus fados que alcançaram grande sucesso. António Menano tornar-se-ia o cantor de Coimbra mais conhecido e de maior fama em todo o país com as gravações que fez entre 1927 e 1929 em Paris, Lisboa e Berlim. De todos os cantores da chamada “Década de Oiro” da Academia de Coimbra, António Menano foi quem mais discos gravou. Concluído o curso de Medicina, passou a exercer na sua terra natal e, mais tarde, em Moçambique. Faleceu em Lisboa, em 1969.
