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Fornos ambiciona manutenção

Zé Luís, vindo do Sátão (IIª Divisão), é uma das principais novidades do plantel, que conta com mais quatro reforços

De regresso ao Nacional da IIIª Divisão, a Associação Desportiva de Fornos de Algodres não ambiciona mais que alcançar a manutenção. Com um dos orçamentos mais reduzidos da sua série, o campeão distrital da Guarda mantém a espinha dorsal da última temporada, tendo, para já, assegurado cinco contratações: Zé Luís (ex-Sátão, que alinhou na IIª Nacional), Luís Miguel (ex-Torre de Moncorvo), Sílvio (ex-junior do Penalva do Castelo), Titá (ex-Figueirense) e Tibério (ex-Trancoso).

Reforços que se juntam a Inácio, Bruno Lopes, Zé Tavares, Fábio Nascimento, Fábio Matos, Lote, Roberto, Artur, Bruno Costa, Bruno Filipe e Egipto que transitam da época passada. Um plantel de 16 jogadores ainda curto para enfrentar uma época exigente, daí que Nando Pompeu aguarde a entrada de «pelo menos três jogadores, se possível quatro», adianta. «Temos alguns jogadores à experiência e vamos escolher três de certeza. Mas estamos a tentar que sejam quatro, assim o permita o orçamento», acrescenta o treinador. Para resolver «o mais rapidamente possível» são os casos de um ponta-de-lança e de um médio centro, a que se deverá juntar ainda um trinco e mais um elemento para a zona ofensiva, indica. Contudo, mesmo com a entrada destes elementos, o técnico só poderá contar com 20 jogadores, um número que reconhece não ser «o ideal, mas é o possível atendendo à conjuntura em que estamos».

Nando Pompeu acredita que 20 atletas é o «mínimo exigível» e com o qual acredita ser possível fazer «boa figura» no Nacional. Sobre os novos elementos, considera que todos têm «muita qualidade, alguns com muita experiência de IIª e IIIª Divisão». Já Tibério é «um caso sério a ter em conta, porque é um grande jogador», realça. Por outro lado, a aposta na formação é «para continuar», numa temporada em que o grande objectivo é a manutenção. «Assumimos isso porque o plantel transita quase todo da época passada. São jovens, ambiciosos e têm garra e vontade de trabalhar», elogia. Quanto à próxima época, o técnico fornense conta encontrar um campeonato competitivo, com «grandes equipas que estão a apetrechar-se muito bem», embora considere que a qualidade baixou «um pouco nos últimos anos».

Também Bruno Faustino, membro da comissão administrativa que está a gerir a AD Fornos, aponta a permanência nos Nacionais como o principal objectivo. No entanto, o orçamento desta participação ainda não está definido, até porque falta concretizar a aquisição de alguns atletas. Mas, tendo em conta as «dificuldades que está a haver a nível de Câmara e patrocinadores», o dirigente assume que o Fornos será, «de certeza absoluta, o clube com o orçamento mais reduzido da série C da IIIª Divisão». Em relação ao dinheiro relativo à formação de Bosingwa e Chidi, recentemente transferidos para o estrangeiro, «em princípio», o Fornos terá direito a receber verbas relativas aos dois jogadores, mas o montante ainda está a ser apurado «pelos advogados», refere. Entretanto, no seu primeiro jogo de preparação, disputado na passada quinta-feira, o Fornos foi derrotado em casa (0-2) pelo Tondela, da mesma série C. Já no sábado perdeu por 6-0 na deslocação a Torre de Moncorvo, estando ainda agendados mais três encontros, todos em casa. Este domingo recebe o Académico de Viseu, jogando no dia 15 com o Penalva do Castelo e a 17 de Agosto com o Torre de Moncorvo.

Ricardo Cordeiro

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