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«Foram sensibilizadas as diversas entidades para uma maior articulação entre todos»

Novo coordenador da Protecção Civil Municipal da Guarda está optimista em relação às medidas implementadas este ano para evitar acidentes causados pelo mau tempo

O novo coordenador da Protecção Civil Municipal da Guarda, nomeado na semana passada, está esperançado relativamente às melhorias previstas em relação ao ano passado em termos de mecanismos de prevenção de acidentes provocados pelo mau tempo. O sentimento surge na sequência da reunião de quinta-feira entre aquele serviço, o Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) e outras entidades responsáveis.

«Foram sensibilizadas as diversas entidades e instituições para haver uma maior articulação entre todos, nomeadamente a tomada de decisões, que tem que ser comunicada de uns para os outros, não podem ser tomadas medidas avulsas», considera Eduardo Matas. O responsável revela ainda que, para este ano, as concessionárias das auto-estradas A23 e A25 «reforçaram os meios mecânicos de limpeza de neve e terão uma articulação maior com o CDOS». Ficou também definido que «todas as informações ao nível da interrupção da circulação nestas vias ficariam centralizadas no CDOS, e que era preferível os veículos pesados ficarem retidos nas auto-estradas do que serem enviados para estradas municipais», esclarece. A nível municipal, a Divisão de Vias e Trânsito da Câmara «já tem 30 toneladas de sal colocadas nas antigas instalações da Empresa Nacional de Urânio e na antiga fábrica Tavares, próximo do rio Diz, e contamos com uma empilhadora para que o sal seja carregado com maior celeridade», adianta o coordenador.

«Estamos no século XXI e todos já reconheceram que os meios para a limpeza de neve são insuficientes», constata Eduardo Matas, que aproveita para recordar que está em curso uma candidatura para sediar na Guarda um centro de limpeza de neve. Até lá, admite que «tem que se ir trabalhando no sentido de todas as entidades contribuírem para minimizar o problema, porque para o resolver ainda não estão criadas as condições». E quanto a datas, aproveita para lembrar as declarações de Santinho Pacheco: «O Governador Civil já afirmou publicamente que, se não for este ano, no princípio do próximo o equipamento estaria cá. Vamos ver», refere. Da área dos transportes estiveram presentes na reunião de quinta-feira os representantes das duas empresas mais importantes a operar no concelho, «que também ficaram de articular os transportes urbanos e os expressos, nomeadamente se os acessos ao centro da cidade e à zona da central de camionagem ficarem impedidos», adianta o responsável.

«Espero, ainda esta semana, reunir com os directores dos agrupamentos de escolas e responsáveis pelos transportes escolares para também conseguirmos articular melhor esta área», afirma Eduardo Matas, isto para evitar os problemas do ano passado. «Houve alguma desorganização – uns estabelecimentos abriam, outros não, alguns alunos eram transportados, outros não –, pelo que a situação tem que ficar clarificada», considera. Eduardo Matas é natural da Guarda, tem 55 anos e é bombeiro desde 1975, tendo chegado ao posto de chefe, o topo da carreira nesta área. Foi delegado distrital da Protecção Civil de 1998 a 2003, tendo ainda participado nas operações de resgate do acidente da ponte de Entre-os-Rios, como responsável do centro de operações avançadas. Actualmente, era chefe de divisão administrativa da Câmara da Guarda.

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«Foram sensibilizadas as diversas entidades
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