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Fora da realidade

«A saúde no Distrito da Guarda já não é um problema!»

Quem tira esta conclusão e o afirmou tem nome e tem rosto: é o cabeça de lista da Coligação PSD/CDS no Distrito da Guarda, deputado desde 2009.

A negação da realidade, sentida e sofrida pelas populações de todo o distrito, é um erro que um político não pode nunca cometer, perante tantas e tão graves evidências.

Então a construção da segunda fase do Hospital não é um problema?

E a falta de centenas de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de saúde e administrativos nos Hospitais da Guarda e Seia, para além de praticamente todos os Centros de Saúde, não é um problema?

A situação de algumas especialidades médicas, como a ortopedia ou a cardiologia, não é um gravíssimo problema?

O facto de haver dias em que não há determinados especialistas nas urgências, por falta de recursos humanos, não é preocupante?

Ou, mesmo, equipamentos hospitalares inactivos por diversos motivos?

O endividamento da ULS a fornecedores e prestadores de serviços chega a ter dois anos de atraso…

Quem, perante um quadro destes, pode afirmar que, na Guarda, a saúde está bem e recomenda-se?

Quem, na vida pública, entre a obediência partidária e a população opta sempre pelo Partido, não pode merecer o apoio dos Guardenses.

A Saúde, na Guarda, está mal, muito mal e muito por culpa exclusiva do actual governo da direita neoliberal.

A negação da realidade só pode, metaforicamente, ser um caso oftalmológico: “o pior cego é aquele que não quer ver”.

Por: Santinho Pacheco, cabeça de lista do PS pelo círculo da Guarda

Comentários dos nossos leitores
fausto fausto@hotmail.com
Comentário:
É verdade concordo com o Sr. Os Guardenses não querem ver ou então o medo…não os deixa ver…ainda estão a tempo abram os olhos.
 
Helena heljorge1@gmail.com
Comentário:
Concordo plenamente que a situação é grave,principalmente no que diz respeito à ausência de alguns especialistas, pois já passei por essa situação. O mais grave é que o médico que me assistiu tentou dar volta à situação e não assumiu que era mesmo necessário. Por receio? Espero que não estejamos a retroceder a esse tempo.
 

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