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Fogos fustigam concelhos da região

Um incêndio de grandes proporções tomou conta do concelho de Gouveia na passada segunda-feira. O alerta foi dado às 15h08, em Ribamondego, mas com as temperaturas elevadas e devido ao vento que se fez sentir, rapidamente as chamas alastraram a outras freguesias e obrigaram ao corte da EN17 ao trânsito.

A noite foi de azáfama e na terça-feira à tarde, embora o fogo já estivesse dominado, verificaram-se alguns reacendimentos. Mais de 150 operacionais, apoiados por cerca de 60 veículos e alguns meios aéreos, estiveram mobilizados no incêndio de Gouveia, que chegou a ter uma frente de grandes dimensões. Também na segunda-feira, durante a noite, um incêndio deflagrou na freguesia de Rio Tinto e na madrugada de domingo, pelas 5h51, um outro na localidade de Melo, situações que levam o presidente da autarquia a afirmar que estas ocorrências resultam de «mão criminosa». Para Luís Tadeu, «não foi o sol da meia-noite que os ateou».

No rescaldo destes dois dias devastadores, o autarca gouveense acredita que terão ardido cerca de 2.500 hectares. «O fogo chegou a ameaçar algumas casas, mas felizmente não passou disso», adianta, sublinhando, no entanto, que vários terrenos agrícolas, de vinha e pomares, e áreas de pasto acabaram por ser devastados pelas chamas. Sem ainda conseguir calcular prejuízos, Luís Tadeu refere que irá «acompanhar e apoiar as populações afetadas». No ano passado arderam na parte alta do concelho de Gouveia mais de mil hectares de floresta e mato do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE).

Ainda na segunda-feira um outro incêndio, em Aldeia Nova (Trancoso), mobilizou 128 operacionais, estando entre as ocorrências mais significativas daquele dia. Também na freguesia de Rabaçal (Mêda) o fogo começou por volta das 9h30 de sábado e esteve quase a ser dado como controlado, mas as chamas alastraram ao concelho vizinho, Trancoso, devido às mudanças de vento que se fizeram sentir durante a tarde. As povoações de Casas e Zabro foram as mais afetadas e os difíceis acessos dificultaram os trabalhos dos bombeiros, tendo as chamas chegado a ameaçar algumas habitações. No combate chegaram a estar envolvidos mais de duas centenas de homens, dezenas de veículos e dois meios aéreos.

Autarquia estima que tenham ardido cerca de 2500 hectares ardidos na segunda e terça-feira

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