A Direcção-Geral de Recursos Florestais (DGRF) vai recorrer a fogos controlados nas matas nacionais e perímetros florestais que tutela como medida de prevenção de incêndios, anunciou na semana passada o director-geral. «É um método que tem sido pouco utilizado, mas que julgo ser importante como medida de prevenção. É uma técnica que já é bem dominada», declarou Francisco Castro Rego. A par desta medida, a DGRF vai promover acções de limpeza, desbastes e intervenções nos caminhos e pontos de água. Aquele responsável salientou também que se vai proceder à reorganização das equipas de sapadores florestais, incentivando a formação e a criação de sinergias geográficas. De acordo com o último relatório sobre os incêndios, que inclui dados até ao dia 26 de Setembro, registaram-se desde o início do ano 33 mil incêndios responsáveis pela morte de 18 pessoas e por uma área ardida de 286.300 hectares. Francisco Castro Rego adiantou que, além do estudo técnico do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, estão a ser tomadas medidas para mitigar desde já o efeito dos fogos. «Foi feito um acordo relativo à utilização de madeira de áreas ardidas que envolveu toda a indústria, produtores e empresas florestais e entidades bancárias. O objectivo é que os incêndios não sejam aproveitados para especular em torno do preço da madeira, criando um quadro de transparência para a recolha do material e incentivando boas práticas florestais», adiantou.
