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Fogos consumiram 916 hectares até junho

Dois dos maiores incêndios registados este ano em Portugal aconteceram na zona de Gouveia, segundo a Autoridade Florestal Nacional

Já arderam 916 hectares de mato e floresta desde o início do ano no distrito da Guarda, quase dez vezes mais do que em igual período do ano passado. De acordo com o último relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional (AFN), entre 1 de janeiro e 30 de junho registaram-se 122 ocorrências, sobretudo fogachos (área ardida inferior a um hectare), que consumiram principalmente matos (738 hectares).

Estes dados colocam o distrito no meio da tabela da área ardida, no entanto, a Guarda está na frente no que toca aos grandes incêndios. Por cá aconteceram dois dos maiores fogos registados no país desde o princípio do ano. A 6 de fevereiro as chamas consumiram 314 hectares de matos na zona de Gouveia, o que representa a maior área queimada por uma ocorrência neste período. Já a 18 de abril arderam mais 235 hectares em Folgosinho, também naquele concelho serrano. Em termos nacionais, o relatório indica que até 30 de Junho registaram-se 12 grandes incêndios, ou seja, aqueles que afetaram uma área igual ou superior a cem hectares. Em Castelo Branco, a AFN estima terem ardido 89 hectares, maioritariamente de matos, em resultado de 49 incêndios e fogachos.

No país, já arderam 9.447 hectares no primeiro semestre deste ano, uma extensão quase três vezes maior do que a registada em período homólogo de 2010, revela a AFN. Neste período houve um total de 6.820 fogos, a grande maioria de pequenas dimensões (fogachos). O distrito do Porto surge como aquele que registou mais incêndios (1.947). Mas a lista dos distritos com maior área ardida é liderada por Viana do Castelo, com 2.661 hectares, seguido de Vila Real (1.426) e Braga (1.507). Segundo o relatório, oitenta por cento dos incêndios ocorreu nos meses de março, abril e junho. No último Verão arderam no distrito 24.071 hectares, o que representou a maior área ardida do país. Os concelhos de Seia, Gouveia, Figueira de Castelo Rodrigo e Almeida foram os mais afetados pelos incêndios.

Fogos de pequenas dimensões têm dominado ocorrências no primeiro semestre

Fogos consumiram 916 hectares até junho

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