Arquivo

Fogos causam prejuízos de dois milhões de euros na Covilhã

Autarquia fez primeiro levantamento dos danos para apresentar ao Governo, mas os estragos poderão ser muito maiores

Os prejuízos causados pelos fogos no concelho da Covilhã, que fustigaram as freguesias de Unhais da Serra, Cantar Galo, Vila do Carvalho, Teixoso e Cortes do Meio nas últimas semanas, deverá exceder os 1,5 milhões de euros.

Estes são pelo menos os cálculos feitos pela autarquia covilhanense, em conjunto com as Juntas de Freguesias em causa, a GNR e os bombeiros, após um levantamento dos estragos nas zonas afectadas pelas chamas. No entanto, estes poderão ser ainda mais elevados uma vez que «os prejuízos da Vila do Carvalho e Cantar Galo ainda não estão todos contabilizados», explicou o vereador Joaquim Matias. Tanto mais que a esses números deverá juntar-se o saldo deixado pela destruição de muros, caminhos rurais e de viaturas camarárias. A freguesia de Unhais da Serra foi a mais atingida pelas chamas, que destruíram essencialmente plantações agrícolas e habitações. Árvores de fruto, alfaias agrícolas, pinheiros, oliveiras, castanheiros e videiras, três habitações, pastagens, 1.500 metros de vedação de propriedades privadas e 23 colmeias, foram os prejuízos mais significativos nesta localidade. No Teixoso, cujo incêndio apanhou desprevenidos a população e os bombeiros na última quinta-feira, os prejuízos foram também avultados, atingindo um montante superior a 460 mil euros. Em poucos segundos, as chamas, que alastraram da Vila do Carvalho ao Teixoso, mesmo às portas da Covilhã, consumiram também muitas árvores de fruto, videiras, castanheiros, alfaias agrícolas, animais, duas habitações e quatro viaturas.

As restantes freguesias não sofreram danos tão extensos. Cortes do Meio (145 mil euros), Vila do Carvalho (cerca de 13 mil euros) e Cantar Galo (9 mil euros) foram as freguesias menos atingidas pelas incêndios, que consumiram essencialmente mato e árvores de fruto. Apesar deste pequeno levantamento dos prejuízos, cujos dados foram apresentados ontem ao Governo, Joaquim Matias chama a atenção que «só a partir de agora é que podemos avançar com dados mais pormenorizados do relatório». É que este levantamento «exaustivo» foi pedido pelo Governo para se fazer uma pequena abordagem aos danos provocados pelos fogos. Uma calamidade para a qual o Governo tem que estar «sensível», espera o vereador.

Sobre o autor

Leave a Reply