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Finanças pretendem apuramento civil e criminal de crédito malparado na CGD

De acordo com o Expresso, o Ministério das Finanças considera que se houve créditos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) anteriormente à recapitalização de 2012 sem a devida avaliação, «essa questão deveria ter sido reportada nessa altura» e «sujeita às diligências entendidas por convenientes, nomeadamente no campo do apuramento de responsabilidade civil e criminal». Os resultados de uma auditoria, realizada em agosto de 2015, revelam que estariam em risco de não serem pagos a este banco público 2,3 mil milhões de euros de empréstimos, por ter havido «deficiente análise de risco» ou dadas garantias insuficientes. Deste valor, a CGD já registou imparidades de 912,1 milhões.

Fonte do Ministério revelou ao Expresso que «cabe às entidades competentes a todo o tempo realizar as diligências que entendam convenientes e adequadas nos termos da legislação em vigor». «O Governo está disponível para colaborar», acrescenta a fonte das Finanças.

A CGD foi recapitalizada em 2012 com 1.650 milhões de euros, e o Ministério adianta que «a injeção de capital realizada, de acordo com as regras de capitalização no quadro do programa de ajustamento, foram as necessárias para fazer face às imparidades detetadas. Neste contexto, todos os créditos existentes terão sido avaliados pela administração, pelo Banco de Portugal, pelos auditores da CGD e pela troika».

Na ordem do dia está o plano de reestruturação e recapitalização da CGD, realizado pela nova administração, que ainda não tomou posse.

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