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Fim-de-semana trágico para caçadores

Um morto e dois feridos, um em estado grave, na Mêda e Pinhel

Os bombeiros de Pinhel encontraram segunda-feira de manhã, num poço, o corpo sem vida do caçador de 40 anos desaparecido na véspera. Terminou assim de forma trágica um dia de caça que ficou ainda marcado por mais dois incidentes dos quais resultaram ferimentos em duas pessoas, uma delas, um rapaz de 16 anos, com gravidade na cabeça, tendo sido transportado para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde ainda se encontra.

O caso mais grave aconteceu na zona de Santa Eufêmia (Pinhel). O indivíduo, natural de Taveiro (Coimbra), encontrava-se a caçar, integrado num grupo, numa área de características acidentadas e onde existem minas de urânio desactivadas, tendo sido visto pela última vez pelos colegas a meio da manhã de domingo. Dado o alerta, elementos da GNR, acompanhados por cães e onze bombeiros, ajudados por três viaturas, participaram nas buscas até ao cair da noite, altura em que as acções foram interrompidas para serem retomadas na manhã da última segunda-feira. Segundo o comandante dos voluntários de Pinhel, Fernando Saraiva, os primeiros indícios do desenlace fatídico foram encontrados por volta das 9 horas quando elementos da corporação deram com a arma do homem à beira de um poço, no qual boiavam o boné e um tordo. «Provavelmente, o indivíduo deve-se ter abeirado do poço para retirar o tordo e caído lá para dentro», disse o comandante. As autoridades tiveram que esvaziar o poço para retirar o corpo, que foi posteriormente transportado para a morgue do Hospital Sousa Martins, na Guarda. A poucos quilómetros de Santa Eufêmia, na zona da Senhora da Alagoa, um outro caçador sofreu ferimentos ligeiros numa mão ao ser atingido por um disparo acidental de um colega.

Mais problemático foi o acidente registado na Barreira (Mêda). Um rapaz de 16 anos, que acompanhava o pai na caça, foi atingido na cabeça por um disparo acidental de um caçador. Fonte dos bombeiros locais disse que o jovem se encontrava ao pé de uma árvore quando foi ferido, na parte de trás da cabeça, pelo disparo acidental do caçador, que alegadamente transportava a arma ao ombro. O rapaz, Diogo Martins, residente na aldeia de Relva, foi observado, ao final da manhã, por especialistas de cirurgia do Hospital Sousa Martins (Guarda), para onde foi transferido depois de ter sido assistido no Centro de Saúde da Mêda. Contudo, o jovem acabou por ser encaminhado para Coimbra dada a gravidade dos seus ferimentos. Há hora do fecho desta edição desconhecia-se o seu estado clínico.

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