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Fim de moedas de 1 e 2 cêntimos motivará aumento de preços

A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) e a Confederação do Comércio e Serviços consideram que o desaparecimento das moedas de 1 de 2 cêntimos, proposto pela Comissão Europeia, deverá originar um ligeiro aumento dos preços.

O secretário-geral da associação, Jorge Morgado, admitiu, em declarações à agência Lusa, que «o desaparecimento destas moedas pode produzir, através dos arredondamentos, um ligeiro aumento» do preço de alguns produtos. «Em vez de termos produtos a terminar em oito e nove cêntimos, o arredondamento far-se-á, com certeza, por excesso e poderá provocar algum aumento de preços», declarou Jorge Morgado, que admitiu, contudo, que esta sugestão da Comissão Europeia, divulgada na terça-feira, «tem aspetos positivos e negativos».

A mesma previsão de subida de preços é apontada pelo presidente da Confederação do Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, para quem «o consumidor seria prejudicado porque os arredondamentos de preços por parte da indústria têm tendencialmente natureza inflacionista». De acordo com dados da Casa da Moeda, em 2012 foram produzidos em Portugal 50 milhões de moedas de 1 cêntimo e 35 milhões de dois cêntimos. Entre 2002 e 2012 foram produzidos cerca de 748 milhões de moedas de 1 cêntimo e 501 milhões de 2 cêntimos. Apenas em 2003 não foi produzida qualquer moeda com estes valores faciais.

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