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Fim da concessão da Turistrela em agenda

Solicitada reunião ao secretário de Estado do Turismo para que abra o investimento na Serra da Estrela «a qualquer empresário»

O empresário Luís Veiga e um conjunto de hoteleiros da região solicitaram uma audiência ao secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, para demonstrarem «convictamente que a concessão à Turistrela tem de ser eliminada e que o investimento na Serra da Estrela tem que ser aberto a qualquer empresário», adiantou o administrador do grupo IMB.

A posição de Luís Veiga já tinha sido manifestada em Fevereiro no Fórum “Novas Fronteiras”, organizado em Castelo Branco pelo PS, no qual o empresário exigiu o fim do monopólio do turismo na Serra da Estrela se os socialistas fossem Governo por considerar não haver motivos para manter uma concessão cedida por mais de 30 anos a uma única empresa privada quando há mais interessados em apostar no ponto mais alto do continente. «Não é crível haver uma única entidade no país a explorar uma área de 40 mil hectares», sustenta, ainda para mais quando esta «pouco fez para o desenvolvimento turístico da região». Antes pelo contrário, Luís considera que a Turistrela tem sido um «entrave ao turismo». Corroborando Fernando Matos, director do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), segundo o qual «muita coisa tem sido mal feita na Serra da Estrela», o empresário critica ainda a estratégia desenvolvida pela concessionária para tornar a região num destino turístico. «A serra não pode ser explorada apenas do ponto de vista da neve no Inverno», diz, falando de potencialidades «muito boas» para o Verão na área do turismo ambiental.

«É lamentável que nada tenho sido feito nessa área», acrescenta Luís Veiga, que critica a falta de oferta turística durante os meses de Julho, Agosto e Setembro. «Está tudo desordenado para os turistas que nos visitam no Verão. Eles são abandonados e circulam pela serra sem rotas, caminhos e locais para descobrir. Nós achamos que é preciso terminar com isso», aponta, dizendo-se disponível para explorar as potencialidades naturais e ambientais da Serra da Estrela. «Há claramente uma oportunidade de negócio nessa área durante o Verão», admite.

IMB na corrida à concessão do casino

O grupo Imobiliária Manuel Brancal (IMB) também está na corrida à concessão do futuro casino da Serra da Estrela, caso a criação da zona de jogo volte a ser aprovada pelo actual Governo e pelo Presidente da República. «Estamos interessados em participar, em consórcio, na exploração do casino», admite Luís Veiga, que está convicto de que a zona de jogo será criada «perto da Covilhã». O empresário não escondeu a «surpresa» pelo veto presidencial e acredita que o mesmo «não se justifica neste momento dada a necessidade de atrair «mais turismo e de qualidade para a região», adianta, sublinhando que o projecto contempla a construção de mais unidades hoteleiras de quatro e cinco estrelas.

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