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Figueirense quer “apagar” má primeira volta

Equipa de Paulo Batista veio à Guarda bater o Mileu por duas bolas a uma

Na primeira jornada do Distrital, o Ginásio Figueirense, que está a fazer um campeonato bastante aquém das expectativas, veio à Guarda derrotar o Mileu, segundo classificado da prova, por duas bolas a uma. Este resultado pode ser um bom tónico para que a formação orientada por Paulo Batista consiga subir alguns lugares na tabela.

O jogo, presenciado por pouquíssimo público, começou equilibrado com um ligeiro domínio do Mileu. No entanto, foi o Figueirense que inaugurou o marcador na primeira jogada de perigo do desafio, aos 18 . Lançamento lateral no lado direito para a área do Mileu, com o esférico a ressaltar para a zona central onde surgiu Álvaro a rematar de primeira, forte e colocado, para um bom golo. Quatro minutos depois, o Figueirense beneficiou de uma jogada idêntica, mas Hélder segurou o remate do lateral esquerdo visitante. A resposta dos locais surgiu aos 29 , com Zé Tó a aproveitar uma falha de Cordeiro para se isolar frente a Bruno, mas o remate saiu ligeiramente ao lado. Aos 34 , o ponta-de-lança e melhor marcador da equipa guardense saiu lesionado, causando uma grande contrariedade na estratégia de Liberalino Almeida. Ainda assim, o Mileu tentou pressionar à procura do empate e, a um minuto do intervalo, esteve perto de marcar, valendo a excelente intervenção de Bruno a negar o golo a Paulo Sérgio, que passou a ser o homem mais adiantado dos guardenses após a saída de Zé Tó.

A segunda parte não podia ter começado melhor para o Figueirense, já que logo no primeiro minuto, Edson, após um canto, surgiu sem qualquer marcação a cabecear para o segundo golo. A partir daqui o Mileu assumiu claramente o controlo do jogo, com Liberalino a arriscar adiantando Ricardo para o ataque, enquanto os visitantes passaram a apostar no contra-ataque. Aos 63’, a equipa da casa esteve perto de reduzir, mas o cabeceamento de Pedro Francês saiu muito perto do poste direito. De seguida, num rápido contra-ataque de Paulo Jacinto, o Figueirense dispôs de uma ocasião soberana para fazer o terceiro golo, mas Bruno Coutinho demorou muito tempo a rematar e permitiu a defesa a Hélder. Com o Mileu a falhar muitos passes, o Figueirense desperdiçou mais uma excelente oportunidade para “acabar” com o encontro aos 72’, quando Paulo Jacinto, frente ao guarda-redes, rematou por cima. Como quem não marca arrisca-se a sofrer, dois minutos depois o Mileu reduziu para 1-2. A bola foi metida em profundidade no lado direito da área do Figueirense e o jovem Vitó, recém-entrado, foi mais rápido que toda a gente ao desviar a bola de Bruno.

Com este golo, os guardenses ganharam novo ânimo e intensificaram a pressão nos últimos minutos. Contudo, foi o Figueirense que voltou a estar perto de marcar, mas Edson, após boa jogada individual, atirou por cima. Apesar da grande pressão final, o Mileu atacou sempre mais com o coração do que com a cabeça, não conseguindo criar lances de perigo. Boa arbitragem de Tiago Cadete num jogo sem casos. No final, Liberalino Almeida mostrou-se resignado com a derrota: «Houve jogadores que falharam. Estiveram abaixo do que podem render e a equipa não jogou o suficiente para levar de vencida o adversário», afirmou. Do outro lado, Paulo Batista disse-se satisfeito com a conquista de uma «boa vitória», admitindo que, pela distância que separa o Figueirense do primeiro classificado, «já é bastante difícil, quase impossível lá chegar». Por isso, a meta são os «primeiros três/quatro lugares» do distrital. Reconhecendo que a sua equipa está «muito aquém» dos objectivos iniciais, o técnico afirmou que o grupo viveu «muitos problemas internos», tendo havido «algumas situações menos claras com ameaças de dispensa a certos jogadores por parte de pessoas externas ao clube», denuncia.

Ricardo Cordeiro

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