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Figueira aposta em ninho de empresas do conhecimento

Município vai remodelar antigas Casas dos Magistrados para facilitar instalação de jovens empreendedores

Devem arrancar em Setembro as obras de remodelação das antigas Casas dos Magistrados de Figueira de Castelo Rodrigo, onde o município vai instalar um ninho de empresas do conhecimento. A empreitada já está em concurso no “Diário da República” e a autarquia espera poder inaugurar a estrutura, que representa um investimento global de cerca de 300 mil euros, entre obras e equipamentos, daqui a um ano.

A ideia é acolher cerca de 12 jovens «que sejam empreendedores, que tenham formação técnica superior na área das tecnologias do conhecimento e que precisem de alguém que acredite neles», refere António Edmundo. Em contrapartida, a autarquia vai ceder «gratuitamente» durante um período de três a cinco anos um gabinete aos jovens, que só terão que suportar «parcialmente os custos de funcionamento» do edifício, acrescenta o edil. «Assim, esses jovens que têm aptidões e competências, em vez de irem à procura de emprego mais além, terão condições para criarem o seu próprio posto de trabalho em Figueira de Castelo Rodrigo». A Câmara vai disponibilizar um «primeiro apoio» a «quem quiser ter bolsas de investigação e precisar de um espaço físico para receber pessoas e para se integrar no mercado de trabalho», adianta. O autarca indica já ter mantido conversações com alguns jovens na área do “webdesign”, das telecomunicações e do jornalismo, que revelaram interesse em aderir a esta iniciativa.

Neste último ponto, António Edmundo está convencido de que «há-de haver projectos jornalísticos de âmbito regional ou até mesmo nacional» com sede em Figueira. Outros ramos em vista são a investigação, a computação, os automatismos e a energia. «Em princípio», será dada prioridade aos jovens do concelho e da região: «Quando temos que decidir, por mais transparentes que queiramos ser, damos sempre prioridade aos jovens da região porque temos que proteger os resistentes que mostram que este território não está todo abandonado», sublinha. Para o presidente da Câmara, trata-se de um projecto «importante» em termos de fixação de massa crítica. «Temos que proteger e estar ao lado desta gente viva que investe e que acredita», realça. E garante que ele próprio vai procurar «parcerias e apoios» para esta actividade junto de instituições como o IAPMEI, a Associação Comercial da Guarda, o Nerga, o Instituto Politécnico da Guarda, entre outras, que se queiram associar. O processo de escolha dos candidatos também ficará a cargo do autarca, que promete levá-lo a cabo «como se estivesse a seleccionar» os seus «melhores colaboradores».

Piscinas dão igualdade de oportunidades a jovens do concelho

Desde o último sábado que as crianças do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo beneficiam de «igualdade de oportunidades» em relação a jovens de outros pontos do país, frisou António Edmundo, na cerimónia de inauguração das piscinas municipais, naquele que foi o ponto alto do feriado municipal da vila. O novo complexo, orçado em perto de dois milhões de euros, engloba ainda dois campos de ténis, um solário, uma zona verde e um arranjo envolvente. No que toca ao edifício das piscinas propriamente dito é dotado de um tanque de aprendizagem, mais vocacionado para a hidroginástica, e outro mais adequado à natação e provas competitivas. Dispõe ainda de um “jaccuzi” para hidromassagem, um pequeno espaço Internet, outro de ginástica de cardio-fitness e um bar de apoio. Um equipamento que «faz a diferença no concelho» e que é «próprio dos grandes centros, das modernas cidades e vilas do nosso país» que «elevará a qualidade de vida e a auto-estima» da população, frisou o edil. Entretanto, no seu discurso, o autarca anunciou que já está em fase de projecto o pavilhão multiusos de Figueira que ficará localizado perto das piscinas. Com valências culturais, desportivas e de mostra de produtos regionais, o futuro espaço servirá ainda para a organização de feiras temáticas, sendo considerada uma obra de «grande importância». António Edmundo está convicto de projecto entrará em obra «ainda este ano».

Ricardo Cordeiro

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