Cerca de 30 mil pessoas visitaram a Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Seia (FIAGRIS), que terminou no domingo com um concerto dos Deolinda. A banda sensação da música portuguesa foi recebida efusivamente pelo público, já que os mentores do projecto, os guitarristas e irmãos Pedro da Silva Martins e Luís José Martins, são oriundos da aldeia de Frádigas, situada neste concelho serrano.
Durante cinco dias, passaram ainda pelo palco montado no Largo da Feira os Tocá Rufar, o projecto “Rua da Saudade” – em que Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti interpretam as canções de Ary dos Santos – e David Fonseca. A organização, a cargo do município, destaca este ano o sucesso do espaço discoteca, que funcionou pela primeira vez, na zona dos bares, registando a afluência diária de centenas de jovens. Música e dança à parte, a FIAGRIS contou com a participação de uma centena de expositores representativos da indústria, comércio, serviços e artesanato local, repartidos por duas tendas. Já o artesanato nacional e internacional, com um total 60 expositores, ficou na zona do Parque Municipal e no Pavilhão Municipal. O programa incluiu também animação de rua, danças de salão e ginástica da Escola Evaristo Nogueira, um cortejo histórico das escolas de 2º e 3º ciclo do concelho alusivo à República, bem como o X Torneio de Ténis de Seia, organizado pelo Clube de Ténis local.
Entretanto, a autarquia revelou que vai compensar os “custos ambientais” associados à realização do certame com a reflorestação de 10 hectares na Mata do Desterro, acção que deverá ocorrer em Outubro ou Novembro com a colaboração do Parque Natural da Serra da Estrela. Esta área decorre do resultado apurado pelo cálculo da pegada ecológica, conceito que permite determinar os custos ambientais da Fiagris ao nível de recursos materiais e energéticos consumidos, como a água, resíduos, energia eléctrica e combustíveis fósseis líquidos. De acordo com a metodologia adoptada, a pegada ecológica da FIAGRIS é de 5,45 hectares para o consumo de combustíveis líquidos, 2,53 hectares para o consumo de energia eléctrica, 1,61 hectares para a produção de resíduos e 0,03 hectares para o consumo de água, o que perfaz uma pegada total de 9,62 hectares virtuais.