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Festival Y com quatro propostas na Guarda e Covilhã

Teatro visual, performances e uma instalação interactiva para ver no TMG e no Teatro das Beiras

O Y – Festival de Artes Performativas entra em velocidade de cruzeiro por estes dias com quatro espectáculos na Covilhã e na Guarda. Ontem, a Quarta Parede, que organiza a iniciativa, estreou a criação “Gota a gota” no auditório do Teatro das Beiras.

A peça de teatro visual e multimédia repete até sábado naquele espaço. Trata-se de mostrar a água em toda a sua dimensão, do ser humano ao que este elemento representa actualmente – energia, exploração, escassez, secas, inundações, contaminação e desperdício. Trata-se de uma criação de Rui Sena e Sílvia Ferreira, que interpreta com Maria Belo Costa. O trabalho de vídeo é de Rodolfo Pimenta e Joana Torgal, enquanto o espaço sonoro foi produzido por Defski. Também na sede do Teatro das Beiras está patente, até o final do mês, a instalação interactiva multimédia “Corpo Memória Desperdício”. É o resultado de uma co-produção da Quarta Parede com o Mestrado de Design Multimédia da UBI em que o usuário é convidado a criar as suas próprias histórias num teatro de objectos onde fluem micro narrativas.

Concebido por Agueda Simó, Sílvia Ferreira (ambas a frequentar aquele mestrado) e Rui Sena, o projecto, foi desenvolvido no Laboratório de Instalações Multimédia Interactivas (LIMI). Bruno Catarino, Catarina Neves, Cátia Saldanha, Filipa Serpa, Filipa Velho, João Pereira, João Proença, Marcelo Teixeira, Marta Ferras, Miguel Estevinha, Nuno Rodrigues, Paulo Fonseca, Ricardo Ramos e Wilson Pinto trabalharam o recurso multimédia, cuja programação esteve a cargo de Enrique Hurtado e Rui Brás. O trabalho de vídeo é de João Grancho e Sílvia Ferreira. Já hoje à noite, no TMG, a dupla Antonio Tagliarini & Idoia Zabaleta interpreta “Royal Dance”, um espectáculo de dança contemporânea inspirado na «coreografia sublime» que os artistas vislumbram nas cerimónias do içar das bandeiras ao ritmo de hinos nacionais.

Na terça-feira, o Festival Y regressa à Covilhã e ao auditório do Teatro das Beiras, onde António Júlio apresenta a performance “200 gr.”. Em palco, uma tela de projecção separa o público do performer. É nela que, sempre em sombra chinesa, se passa tudo o que é possível ver. Ao espectador é vedado o acesso ao que se passa, mas este pode ir adivinhando, pelos sons que ouve, pelo que imagina, pelo que projecta. «É um espectáculo visual, minimal e sensível que deixa ao espectador a possibilidade de lhe acrescentar sons, palavras ou expressão a um rosto sem identidade», adianta o artista.

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