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Festival de teatro em Gouveia

Mostra arranca no domingo com um tributo às poetisas portuguesas destinado ao público infantil

O Festival de Teatro de Gouveia, promovido durante o mês de Novembro pelo grupo “Escola Velha” e a autarquia local, começa no domingo com todas as atenções voltadas para os mais pequenos.

A primeira peça do ciclo, que se prolonga até dia 29, destina-se ao público infantil e intitula-se “Ela uma vez – Poesia em Cena”. A partir das 15 horas, Cláudia Andrade vai levar ao palco do Teatro-Cine uma série de textos poéticos de Adélia Prado, Adília Lopes, Ana Hatherly, Ana Luísa Amaral, Elisa Lucinda, Natália Correia e Marina Colasanti. O resultado final assume-se como um tributo às poetisas e à poesia em língua portuguesa e cruza teatro, música, artes plásticas, vídeo e animação. O festival prossegue dia 8 com “Auto da Índia – Aula Prática”, pela Escola da Noite. Esta é uma abordagem diferente ao auto de Gil Vicente e tem interpretação de António Jorge, Maria João Robalo, Miguel Magalhães e Sílvia Brito.

A 15 de Novembro, a “Escola Velha” apresenta a sua última produção. “O despertar da Primavera” foi concebido a partir de textos de Frank Wedekind e gira em torno do complexo universo da adolescência. É a história de dois jovens, Melchior e Violeta, cujas estórias se cruzam no despertar da sexualidade. Na noite de dia 22 é a vez do Teatro das Beiras, da Covilhã, apresentar o seu último trabalho. “Hotel de Província” inspira-se na comédia em um acto “Incidente com um compaginador”, do dramaturgo russo Aleksandr Vampilov. A peça tem encenação de Gil Salgueiro Nave e interpretação de Fernando Landeira, João Ventura, Luís Campião, Rui Raposo Costa, Sónia Botelho e Teresa Baguinho.

A fechar esta edição, o TE-ATO apresenta “Não chove de baixo para cima” a 29 de Novembro. Trata-se de um retrato cruel do quotidiano de uma professora nos estranhos tempos de hoje. À evolução tecnológica, cientifica e dos meios de comunicação, contrapõe-se o desentendimento da razão e do saber. Partindo destes pressupostos, Sandra José concebeu e interpreta um trabalho onde coloca na voz de uma professora – que é, afinal, um retrato de todos nós – uma série de confissões. Todos os espectáculos acontecem às 21h30.

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