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Festival de Teatro da Covilhã arranca no sábado

Há 15 espectáculos para ver até 29 de Novembro no auditório do Teatro das Beiras

É assim há mais de 20 anos. Na Covilhã, o Outono sabe a teatro com o festival promovido pelo Teatro das Beiras. A partir de sábado e até dia 29, o cartaz inclui 15 espectáculos, todos no palco do auditório da companhia organizadora.

“Começar a acabar”, que revisita os momentos mais significativos da obra de Samuel Beckett, é a primeira peça em cena. É interpretada por João Lagarto, que recebeu o Prémio de Melhor Interpretação em 2006, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e o Globo de Ouro para Melhor Actor de Teatro no mesmo ano. A música é de Jorge Palma. Na segunda-feira, David Cruz e Estela Lopes, da companhia “Encerrado para obras”, apresentam “Minha árvore minha casa”, em duas sessões, às 11 horas e às 14h30. “Karingana Blues” é a proposta para o dia seguinte, em duas sessões (11 e 14h30). Partindo de histórias tradicionais africanas, o Bica Teatro criou uma viagem pelos países de língua portuguesa que junta teatro, música, poesia e cantigas. No dia 19, nos mesmo horários, a Baal 17 – Companhia de Teatro na Educação do Baixo Alentejo (Serpa) encena “Narizes – O regresso à tua escola” para explicar aos mais novos que a diferença não é “um bicho de sete cabeças”.

A 20 de Novembro o festival faz-se com a prata da casa. O Teatro das Beiras apresenta “Hotel de Província”, a sua última produção, inspirada na comédia em um acto “Incidente com um compaginador”, do dramaturgo russo Aleksandr Vampilov. No dia seguinte subirá ao palco “Caravan Cabaret”, do Al Masrah Teatro – Companhia de Teatro e Artes do Espectáculo (Tavira). O espectáculo reúne «os artistas que nenhum espectáculo quer» – uma verdadeiro «”boulevard” de sonhos desfeitos», adianta a produção. “Da minha vista ponto”, de Peter Cann e Thèrése Collins, é a proposta para a noite de 22 de Novembro, em estreia nacional, pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro. É uma comédia sobre excentricidades e diferentes formas de ver o mundo encenada por Graeme Pulleyn. Pouco depois, pelas 23 horas, há música com a guitarra flamenca de Francisco Montoya, a voz de José Paro e a percussão de Sebastian Charifie. No dia 24 há novamente duas sessões (11 e às 14h30) para ver o conto clássico infantil “Capuchinho vermelho” pela URZE-Teatro (Vila Real).

Nos mesmos horários, o auditório do Teatro das Beiras recebe ainda a “História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar” (dia 25), de Luís Sepúlveda, pelo Teatro Art’Imagem, e “O medo azul” pela Quinta Parede (dia 26). Para 27 de Novembro está programado “Chovem amores na rua do matador”, de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, pelo Trigo Limpo/teatro ACERT, seguindo-se “O 1º milagre do Menino Jesus”, de Dario Fo, traduzido e encenado por Filipe Crawford. O festival termina com “Os dias arrastam-se as noites também”, de Léandre – Alain Baker, uma produção do Teatro dos Aloés.

Rosa Ramos

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