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Festival de Teatro da Covilhã a partir

Cartaz inclui onze espetáculos, dois concertos e uma exposição de fotografia, tudo no Teatro das Beiras até 12 de novembro

O Festival de Teatro da Covilhã, que começa na terça-feira, volta a apostar este numa programação para o público em geral e outra para os mais pequenos, uma opção justificada com a fidelização de espetadores e a criação de novos hábitos. Até 12 de novembro, há onze espetáculos e dois concertos para ver no auditório do Teatro das Beiras, que organiza o evento.

A co-produção do grupo anfitrião e do Trigo Limpo – Teatro ACERT “Dona Pura e os Camaradas de Abril” é a primeira a subir ao palco, prosseguindo dia 5 com “Remendos”, do Teatro do Montemuro, e dia 11 com “O Regresso de Natasha”, uma co-produção do Teatro Eléctrico e da Companhia Teatral do Chiado. A fechar o cartaz principal do festival está a peça “Dª Maria, A Louca”, pela companhia A Barraca, no dia 12. Para a infância, com duas representações diárias, há peças do Teatro das Beiras (“O Rei-Menino”), Teatro Extremo (“Estória Abensonhada”), Jangada Teatro (“O Romance da Raposa”), Al-Masrah Teatro (“Eu hei-de crescer e depois tu vais ver”), Teatro do Mar (“A Lenda do Menino da Gralha”) e Bica Teatro (“Matemática para quê”). Paralelamente, durante o festival está patente uma exposição de fotografia de Joaquim Nabais, intitulada “Memórias curtas”. Já as noites de 4 e 12 de novembro terminam com jazz (Django Tributo) e música popular portuguesa (Nau), respetivamente.

Na conferência de imprensa de apresentação do festival, realizada na segunda-feira, a diretora do evento alertou para os efeitos da crise nas atividades culturais. «Há cada vez mais gente que não vem ao teatro para não gastar dinheiro», disse Eugénia Nunes, acrescentando que esta tendência já «se notou bastante num dos últimos espetáculos do Teatro das Beiras». A média de assistência nas peças apresentadas pela companhia covilhanense ronda as 40 a 50 pessoas e se, no festival, se situar «nos 60 a 70 espetadores já será muito bom», admitiu, revelando que os ingressos custam seis euros. Este ano, a organização foi confrontada com «um corte de 23 por cento» nos apoios da Direção-Geral das Artes, para 30 mil euros, pelo que foi obrigada a reduzir de sete para cinco espetáculos para o público em geral. No total, o orçamento do festival é de 53.600 euros.

O Teatro das Beiras apresenta “O Rei Menino”, de António Torrado, na quarta-feira

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