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“Festa do Emprego” anima finalistas do IPG

Como fazer um currículo ou atuar numa entrevista. Há pormenores que não se ensinam em aula, mas que são importantes. É essa a ideia das “job party”.

A “Festa do Emprego” atraiu cerca de duas centenas de alunos, sobretudo finalistas, ao auditório do edifício central do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) na quinta-feira. Ter um papel ativo na procura de emprego foi a ideia-chave, repetida em sessões direcionadas para medidas do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) e para o empreendedorismo. As ferramentas de autoemprego e os estágios profissionais foram as “dicas” mais elogiadas pelos alunos.

Helena Ferreira foi uma das estudantes presentes. Finalista de Restauração e Catering na ESTH-IPG (Escola Superior de Turismo e Hotelaria), a jovem quis preparar-se para o próximo ano: «Vai ser difícil, por isso é útil conhecer estágios e outros apoios», disse a O INTERIOR. Já sobre o que considera mais importante – a experiência ou formação –, a jovem defendeu que «são igualmente importantes, mas ter as duas é complicado». Sem saber a sua “sorte”, Helena Ferreira dá o benefício da dúvida ao que a espera: «Estou a meio caminho, nem otimista nem pessimista», confessa. Também Mónica Geraldo, aluna de Gestão (3º ano), tem esperança: «O que nos espera não é convidativo, mas temos largas hipóteses», considera. Uma das sessões que destacou foi a do IEFP porque «ficámos a conhecer recursos em que podemos apostar», justifica.

Para Mónica, a formação é o mais importante, mas isso não se reflete nas empresas: «Procuram pessoas com dois ou três anos de experiência, que nós não temos», lamenta. Já Hugo Mendes, que está a terminar a licenciatura em Gestão Hoteleira, mostra-se confiante no futuro: «Estamos reticentes, mas temos de ser otimistas porque isto vai ter de mudar», considera. Para o finalista, medidas como a “Festa do Emprego” são «bem-vindas e abrem-nos os horizontes». O estudante também acha a formação o mais importante, ainda que «peçam experiência, o que dificulta a entrada, pois estamos a acabar o curso». Teófilo Duarte, finalista do mesmo curso, é o primeiro a referir a emigração como hipótese: «Os jovens continuam a ter oportunidades, mesmo no mercado internacional, dependendo das áreas e das pessoas», afirma o aluno de Gestão Hoteleira. «Estas atividades são úteis para sabermos como fazer o currículo ou agir na entrevista», considera.

Mas não foram apenas os alunos do IPG a marcar presença. Joana Cruz, por exemplo, estuda Fisioterapia no Instituto Piaget (Viseu). A jovem finalista diz ter «algum receio, mas se não conseguir aqui vou apostar no estrangeiro», revela. «Fiquei entusiasmada com a “job party”. Normalmente não há formações a este nível e são fundamentais», considera Joana. Consciente de que a experiência é muito procurada na sua área, a futura fisioterapeuta tem feito «vários estágios voluntários para anexar ao currículo».

Sara Quelhas O IPG acolheu a sua primeira “job party” na semana passada

“Festa do Emprego” anima finalistas do IPG

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