A feira do Jarmelo, que se realiza no domingo, acontece desta vez sob o signo das comemorações dos 500 anos da atribuição do foral àquela antiga vila pelo rei D. Manuel I, a 1 de Junho 1510 em Santarém.
A efeméride é assinalada esta tarde com a edição fac-similada daquele documento, comentado e contextualizado pela historiadora Maria Helena da Cruz Coelho (catedrática em História Medieval da Universidade de Coimbra) e Maria do Rosário Barbosa Morujão (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), ambas do Instituto de Paleografia e Diplomática. “O Foral Manuelino do Jarmelo” faz parte do espólio do Museu da Guarda, que o publica agora com o apoio da Associação Cultural e Desportiva (ACD) local. Trata-se de uma edição de «elevada qualidade, que se propõe que venha a ser um importante testemunho da grande importância histórica da Vila do Jarmelo», adianta a instituição. A sessão de lançamento decorre, pelas 15 horas, no auditório da Junta de São Pedro do Jarmelo.
Três dias depois tem lugar a tradicional feira de gado, um evento que pretende promover o desenvolvimento rural, aproveitando todo o potencial agro-pecuário e as tradições da região do Jarmelo. A iniciativa é promovida pelas Juntas de S. Pedro e S. Miguel, a ACD e a Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda (ACRIGuarda), com o apoio da Câmara da Guarda. Anualmente, no monte de São Pedro do Jarmelo, dezenas de produtores de bovinos e caprinos jarmelistas mostram e negoceiam os seus animais. A feira data dos tempos áureos da antiga vila, mas foi retomada em meados da década de 80 para evitar a extinção da raça. A vaca jarmelista está certificada pela Direcção-Geral de Veterinária (DGV) como raça autóctone desde Outubro de 2007.
