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Fazer teatro cria responsabilidade

Participação no Ateliê do AQUILO

Sempre senti desejo de fazer teatro e, por isso, inscrevi-me no ateliê do “Aquilo” dirigido por João Neca. A experiência foi espetacular pois a nível pessoal ajudou-me a crescer e a responsabilizar-me. O teatro é uma forma de escape, uma maneira de sermos outras pessoas sem sermos consideradas falsas, pessoas de mau caráter. Isso ajuda-nos a autoconstruirmo-nos e a perceber pontos de vista diferentes e até a aceitar outras maneiras de ser. Bem, a verdade é que todo o ator tem mais facilidade em se mascarar, o que no quotidiano deverá ser usado moderadamente para controlar os impulsos, etc. Mas, usado em demasia, poderá ser algo eticamente incorreto e autodestrutivo e, ao interpretarmos um papel 24 horas sobre 24 horas, isso pode interferir com a nossa personalidade e pode até fazer-nos ir contra os nossos princípios. Por isso penso que representar poderá ser bastante gratificante a nível pessoal, mas penso que só o devemos fazer em palco.

Estou com enormes expetativas em relação ao espetáculo final daqui a poucos dias (“Não houve pão para nós à mesa dos homens”) especialmente para ver se consegui assimilar o que o encenador nos foi transmitindo ao longo das sessões. Mesmo que algo corra mal, a experiência foi positiva, pois, como disse, ajudou-me muito a nível pessoal.

Oriana Brito, nº 21, 10ºF

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