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Fazer os projectos e mostrá-los depois

Para sempre… talvez não

Uma das autoras recorda o trajecto do livro “Para sempre… talvez não”, produzido no âmbito da Área de Projecto do 12.º ano à volta da temática da sexualidade e do amor na adolescência e editado depois pelo TMG

Seis amigas, seis personalidades muito distintas, um turbilhão infindável de ideias, uma vontade extasiante de inovar… esta era a nossa bagagem quando, no início do ano lectivo que passou, abraçámos o nosso projecto. “Sexualidade e Amor na Adolescência” foi o tema que adoptámos, decidindo desde logo estender o produto final a toda a comunidade escolar. Assim, os workshops, a ida ao teatro e as palestras que organizámos mostraram-se insuficientes, pelo que era necessário encontrar uma nova metodologia.

E assim surgiu a ideia de escrevermos um livro. Neste deveriam constar os diversos subtemas subordinados ao tema escolhido, bem como as seis personalidades heterogéneas que constituíam o grupo. Desta forma, criámos seis personagens distintas, moldadas consoante a vivência da sua de cada autora, o seu carácter … e só assim nos pudemos considerar a verdadeira base, o ponto de partida de toda a história. Em cada frase, em cada peripécia do nosso livro está um pedacinho de nós!

Depois de concluirmos esta etapa, entendemos que só a publicação potenciaria a divulgação que pretendíamos. Assim, encontrámos no Teatro Municipal da Guarda todo o apoio que necessitávamos… o “Para Sempre… talvez não” tornou-se “realidade”.

Da publicação ao palco foi um pequeno, rápido e alucinante passo. Quando nos apercebemos era dia 10 de Setembro e tínhamos uma plateia repleta, pronta a assistir à pequena apresentação cénica que tínhamos preparado, bem como a ouvir a crítica do professor José Monteiro e do Dr. António Manuel Gomes, os nossos convidados a quem muito agradecemos.

Nesse dia, e ultrapassados os nervos que pairavam nos bastidores, sentimo-nos realizadas, apoiadas e acima de tudo satisfeitas. De facto, triunfar apesar de todos os obstáculos impostos tem um sabor especial… vale mesmo a pena lutar por aquilo em que acreditamos, ainda que isso possa “agitar as águas”.

Naturalmente, temos de agradecer ao director do TMG (Teatro Municipal da Guarda), o Dr. Américo Rodrigues, que sempre acreditou em nós e remou no nosso sentido, ainda que contra a maré; a todas as pessoas do TMG que nos “acolheram” e nos fizeram sentir tão bem; aos nossos professores que em muito contribuíram para o nosso enriquecimento pessoal e, por fim, ao professor e amigo José Monteiro, sem o qual o projecto não faria qualquer sentido.

Por fim, e dado que já não passeamos nos corredores dessa escola, desejamos a todos um ano tão preenchido e gratificante quanto o nosso. Podem sempre ler o “Para Sempre… talvez não” e quem sabe não se revêem num ou outro momento… pois, sabe bem ser adolescente e sonhar!

Maria João Lopes

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