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“Fardos e Fardas nos Caminhos do Contrabando” é exemplo de boas práticas

O projeto “Fardos e Fardas nos caminhos do contrabando”, um dos selecionados pelo Plano Nacional da Leitura no âmbito do projeto “Ler+ Jovem” e que tem como objetivos gerais a promoção da leitura junto dos alunos que frequentam o ensino secundário no Agrupamento de Escolas de Almeida, foi apresentado no dia 4 de julho no 10º Encontro Nacional e 8º Internacional de Investigação em Leitura, Literatura infantil e ilustração, realizado na Universidade do Minho.

O AEA foi ainda convidado para apresentar o projeto “Fardos e Fardas nos Caminhos do Contrabando” na VIIª Conferência Internacional do PNL, realizada nos dias 3 e 4 de abril, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. O projeto foi apresentado no painel “Leitura e boas práticas – Hábitos e gostos de leitura”. O delineamento do projeto teve como pano de fundo as vivências comuns das gentes de Riba Côa e reporta-se a um passado recente, em que a fronteira convencional era palco de uma dinâmica que opunha autoridades e forças policiais à “arraia miúda”, os contrabandistas. Esta herança da cultura local e a genialidade expressa no conto “Fronteira”, de Miguel Torga, foram o ponto de partida para a leitura de obras da literatura consagrada ou de autores locais, sempre “na pista do contrabando”.

Os jovens partilharam com o público sénior de alguns lares de idosos do concelho as suas leituras em troca da partilha de saberes. Procurámos, assim, recuperar a memória de um povo, preservá-la e difundi-la no eBook “Fardos e fardas nos caminhos do contrabando”. Nas palavras do Comissário do Plano Nacional da Leitura, Fernando Pinto do Amaral, «o produto final do projeto está a desenhar-se de forma muito promissora, espelhando a recolha e a organização desta informação num produto multimédia, que poderá ser de grande interesse não só no âmbito do projeto, mas também para a reconstituição e preservação dos hábitos, das tradições e da história local. O trabalho já realizado com notável entusiasmo e dedicação mereceu o apoio do Plano Nacional de Leitura pela sua qualidade e originalidade. Acreditamos que este pode ser um trabalho que, sendo já uma evidência de boas práticas, se poderá tornar num documento de grande interesse para o conhecimento e divulgação da história local daquela região».

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