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Falta tempo e afectos à família

II Fórum Associativo de S. Miguel debateu o papel e a intervenção da família na sociedade actual

«É fundamental que os países desenvolvidos criem políticas cada vez mais protectoras da família», defende Teresa Costa Macedo, presidente da Confederação Nacional de Associações de Família (CNAF), no II Fórum Associativo, realizado no último sábado no Centro Cultural e Social de S. Miguel, na Guarda. A edição deste ano esteve subjacente à temática “A Família Hoje”, tendo a antiga secretária de Estado da Família partilhado a sua experiência de quase 30 anos nesta área.

A actual presidente da Confederação Nacional de Associações de Família (CNAF) não tem dúvidas que «o Estado podia fazer mais pela política de família». Em Portugal, «devia-se dar a dimensão familiar às políticas sectoriais», sublinhou Teresa Costa Macedo, até porque «a família hoje tem um papel social e político na sociedade» que começa na educação dos filhos. Numa altura em que os desafios profissionais, tanto do pai como da mãe, são cada vez maiores, «é necessário fazer-se uma gestão do tempo e dos afectos», sublinhou, defendendo como primordial a ideia de «complementaridade de funções» na família. Como os pais têm responsabilidades acrescidas na educação dos seus filhos devem «procurar e criar novos diálogos, novas linguagens e compreensões», para além de terem que aceitar que as gerações não são iguais e «isso é um processo lento que só agora começou em Portugal», lamenta. A iniciativa, que assinalou a celebração do 10º Aniversário do Ano Internacional da Família, contou com a participação de cerca de uma centena de pessoas, sobretudo ligadas ao associativismo, às comissões de protecção de menores, ao projecto Luta Contra a Pobreza e a outras freguesias do concelho da Guarda.

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