por Clarinda Gonçalves*
A informática na vida das pessoas e das empresas tem a cada dia que passa adquirido cada vez maior relevância, tornando-se mesmo imprescindível. A sua utilização tem aumentado de forma tão rápida que já são poucas as pessoas ou famílias que não possuam nas suas residências um computador. Pai e filho utilizam esta ferramenta como forma de aprender, adquirir conhecimentos e auxílio de trabalho. O computador e a informática vieram para inovar e facilitar a vida das pessoas e esta realidade tecnológica é irrefutável.
No contexto académico a educação também não ficou para trás e foi envolvida por esta nova realidade, transformando as escolas profundamente. Rapidamente se percebeu que a utilização da informática no ensino era uma mais-valia na aprendizagem que permitia ao indivíduo (aluno/professor) sentir-se como um ser globalizado e capaz de interagir e competir em igualdade na busca do seu sonho profissional e do conhecimento. É conveniente também ter presente que quando se usa a informática como conhecimento estamos a ser transformados por ela, tornando-nos pessoas mais capacitadas e melhor preparadas para enfrentar o Mundo e o Mercado de Trabalho.
De uma forma muito resumida e superficial poderemos salientar práticas e instrumentos que refletem a introdução do Magalhães no Ensino Básico, os quadros interativos, as videoconferências, o ensino à distância, formação e testes em e-learning, programas de gestão escolar, a multiplicidade, acessibilidade de manuais entre outras tantas que se poderiam enunciar. Quem hoje prescinde de um computador para preparar a sua atividade?
O computador não veio para dificultar, mas sim para ajudar a facilitar a maior parte das tarefas, administrativa, letiva e de comunicação. Não há dúvidas que o investimento nesta ferramenta dará no futuro bom retorno, porque, para além de facilitar a gestão da educação, é sem dúvida um investimento na capacidade dos alunos, dos professores e da comunidade escolar. Esta ferramenta atrai a vontade dos jovens, puxando-os assim a frequentar a escola e por sua vez a aprender.
Termino com uma novidade: o Laboratório Escolar do Futuro abriu portas. Sediado em Bruxelas, equipado com a mais recente tecnologia (Tablets, netbooks e projetos interativos) é um espaço de ensino-aprendizagem que vem ajudar a visualizar como as salas de aula convencionais podem ser facilmente reorganizadas nos diferentes estilos de ensinar e aprender, repensar o nosso processo de ensino-aprendizagem e encontrar práticas inovadoras, que melhor beneficiem os professores e os alunos. Trata-se de um laboratório vivo em que professores e investigadores podem trabalhar juntos. Neste laboratório são desenvolvidos atividades de workshop, seminários e cursos. Inicialmente era só para convidados, mas agora todos os professores interessados podem inscrever-se. Parece-me ser um bom desafio.
*professora de Informática