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FALAR CLARO

António Agostinho Monteiro, diretor do Centro de Formação Guarda-Raia, sediado na ESAA

Que escolas compõem agora o Guarda-Raia?

Pertencem ao centro de formação os seguintes Agrupamentos e Escolas: Agrupamento de Escolas de Pinhel, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal, Carolina Beatriz Ângelo, São Miguel, Área Urbana da Guarda e Escola Secundária da Sé e Escola Secundária Afonso de Albuquerque, que é a escola sede do Centro.

 

Qual a atual situação em termos de formação de professores e formadores?

A inexistência de financiamento muda completamente o paradigma da formação contínua de professores. Como se sabe, não há candidaturas a fundos comunitários para a formação de pessoal docente e não docente. Por isso a situação quanto a formadores mudou completamente e por consequência não é possível pagar os montantes que se pagavam quando a formação era financiada (43€ /hora). Penso que devemos procurar encontrar soluções internas, ou seja acreditar formadores internos que se disponibilizem a dar formação aos colegas de forma gratuita. Ou então aceitamos pagar a formação.

A gratuitidade da formação não vai portanto continuar assegurada?

A gratuitidade não está assegurada. Ocasionalmente ela pode acontecer e em algumas situações irá acontecer, como é o caso da próxima ação de formação” Educação sexual em contexto escolar” que será orientada de forma gratuita pela Drª Alcina Correia da Escola Secundária Afonso de Albuquerque e a quem aproveito para agradecer a disponibilidade. Esta pode ser uma solução. O Guarda-Raia está disponível para tratar do processo de acreditação dos formadores e das ações, bem como da implementação das mesmas. Basta que para tal haja professores interessados em orientar a formação.

Que programação tem o Centro para os próximos tempos? Haverá oferta suficiente?

Facilmente se compreenderá que nas atuais condições será muito difícil apresentar um plano de formação completo, ou seja com formadores e cronograma, porque sem dinheiro não se pode contratar, pelo que o plano de formação será aberto às iniciativas dos Agrupamentos, escolas, Departamentos, Grupos disciplinares ou até de grupos de Professores. No entanto o Centro de formação está a acreditar um conjunto de ações de formação específica para todos os grupos disciplinares. Posteriormente esse plano será apresentado à comissão pedagógica do centro e aos departamentos curriculares para análise. Caso exista interesse em realizar essas ações discutimos a forma de as realizar, ou recorrendo a formadores internos se houver voluntários ou aceitando pagar alguma coisa, embora muito menos do que atualmente se pratica no mercado e sendo a ação realizada nas escolas e agrupamentos de cada professor. Penso que é possível organizar ações de formação sem gastar muito dinheiro e com poucas deslocações.

O que muda no novo estatuto da carreira docente quanto a ações de formação e créditos?

Neste momento a realidade em relação à necessidade de créditos mudou, ou seja já não é necessário um crédito por ano, mas sim dois créditos por escalão. Como os escalões são de 4 anos excepto o 5º, conclui-se que são precisos 2 créditos por escalão e 1 no 5º escalão, embora se mantenha o princípio de que pelo menos dois terços devem ser de didática específica. Mas também neste domínio se preveem alterações , visto que a equipa ministerial pretende rever o regime jurídico da formação contínua.

Comentários dos nossos leitores
Carlos carlos@gmail.com
Comentário:
Se bem entendi, o que se pretende é fazer os formadores trabalharem de graça.
 

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