A Covilhã também está na corrida à fábrica da Tesla, fabricante norte-americano de carros elétricos. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara durante a cerimónia de apresentação do Programa Nacional para a Coesão Territorial (PNCT).
«Como provavelmente a grande maioria das autarquias em Portugal, também a Covilhã já diligenciou e prepara junto do Governo, com grande discrição, para a localização no nosso concelho da afamada fábrica da empresa Tesla, caso, como se espera, esta venha a escolher Portugal para se instalar», declarou Vítor Pereira. Entre os argumentos a favor da Covilhã, o edil apontou a «capacidade económica e empresarial sem par na região», designadamente a nível dos têxteis, lanifícios, agroindustrial, das novas tecnologias e da indústria, bem como a «capacidade científica» assegurada através do «prestígio, reconhecimento nacional e internacional» da Universidade da Beira Interior. «Estamos em condições de nos abalançar a grandes desafios», sublinhou o autarca.
Quem também já tinha manifestado o desejo de conquistar a gigafábrica da Tesla foi o presidente da Câmara da Guarda. Presente na mesma cerimónia, Álvaro Amaro não perdeu a oportunidade de responder: «Ouvi aqui o meu colega e amigo presidente da Câmara da Covilhã, que também é candidato a que se localize a Tesla no seu concelho. Mas ainda não se falava dessa fábrica e já eu tinha reunido com o embaixador dos Estados Unidos da América a pedir-lhe isso», lembrou o edil. No entanto, Álvaro Amaro reconheceu que, «nesta altura do campeonato, temos é que estar ao lado do Governo para ganhar a Espanha porque a competitividade é entre os dois países. E depois, cá em Portugal, nós trataremos do assunto porque todos queremos a Tesla».
Vítor Pereira teve ainda tempo para fazer outro anúncio: o de que a autoestrada da Beira Interior (A23) seja batizada com o nome de António Guterres. O autarca vai apresentar uma proposta ao primeiro-ministro nesse sentido, pois que o novo secretário-geral das Nações Unidas e antigo chefe do Governo «desde muito cedo compreendeu a necessidade, o potencial e a importância de investimentos do Estado nestes territórios», sublinhando que «sem a sua ação política a nossa região estaria hoje ainda menos desenvolvida». No entanto, Álvaro Amaro discordou alegando que «para isso tínhamos que mudar vários nomes e colocar o nome de outros estadistas nesta universidade ou no hospital». Na sua opinião, «a maior homenagem é continuar a inverter o paradigma como este governo já fez, e muito bem, quando baixou as portagens».