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Fábrica “Álvaro Paulo Rato” vendida por 385 mil euros

Todos os bens móveis e imóveis da unidade fabril foram vendidos em hasta pública na última quinta-feira

A fábrica de lanifícios “Álvaro Paulo Rato”, situada na zona do Sineiro, na Covilhã, foi adquirida na passada quinta-feira pela firma portuense Markar – Comércio e Indústria, Lda. Todos os bens móveis e imóveis foram vendidos em hasta pública por um total de 385 mil euros e do acordo consta, ainda, uma cláusula que prevê a continuidade da laboração da fábrica, no ramo de tinturaria e ultimação.

A base de licitação estava fixada em perto de 297 mil euros e doze pessoas possuíam cartão para licitar, mas apenas duas acabaram por disputar o património da unidade fabril, a empresa Markar e um representante da firma Amândio Saraiva, instalada no Parque Industrial do Canhoso. Recorde-se que a fábrica “Álvaro Paulo Rato” fechou as portas em Julho do ano passado, deixando 52 trabalhadores no desemprego. Apesar de estar inserida no Processo Especial de Recuperação de Empresas desde Dezembro de 2003, o entendimento entre o principal interessado, na altura, na compra, a firma “Amândio Saraiva”, e os trabalhadores não correu da melhor forma, pelo que o gestor judicial, Vítor Simões, acabou por decretar a falência. Por outro lado, Amândio Saraiva não terá conseguido por parte da Segurança Social e do IEFP o apoio necessário para a viabilização da empresa, nomeadamente no que concerne ao pagamento de metade dos salários durante um período de ano e meio. De resto, as indemnizações aos antigos trabalhadores ascendem aos 850 mil euros, sendo que pouco mais de 300 mil já foram pagos através do Fundo de Garantia Salarial. Ainda assim, as dívidas da fábrica ascendem ao 1,7 milhão de euros, dos quais 38 por cento são à Segurança Social, o maior credor. Do património agora vendido constam um agregado de sete imóveis e 28 bens móveis. O produto do leilão destina-se, em primeiro lugar, a cobrir o que foi dispendido pelo Fundo de Garantia Salarial. A restante fatia vai servir para pagar aos credores e aos trabalhadores, cujos créditos ainda não tenham sido regularizados.

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