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Expositores com «boas expectativas» para a Feira do Fumeiro

Certame promete voltar a atrair milhares de pessoas ao Pavilhão Multiusos de Trancoso a partir de amanhã até domingo e nos dias 5 e 6 de março

Trancoso vai voltar a ser a capital gastronómica do Nordeste da Beira já a partir de amanhã até domingo e no fim de semana de 5 e 6 de março por ocasião da oitava edição da Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato. O fumeiro, enchidos, queijos, vinhos, azeites, pão, doces regionais e produtos artesanais prometem voltar a atrair milhares de pessoas ao Pavilhão Multiusos da “cidade de Bandarra”.

Já habituado a estas andanças, pois já participa desde a primeira edição, António Fonseca, proprietário da “Salsicharia Fonseca”, salienta que «estamos sempre na expectativa de arranjar mais algum cliente», sendo que «isto já está tão mau que se não participamos nas feiras que se fazem na região ainda é pior» e o evento é «muito importante para a promoção e divulgação dos nossos produtos». De resto, «há sempre uma afluência bastante grande de pessoas, tanto do concelho, como de outras vindas de fora e as vendas são sempre boas», sustenta. Por outro lado, «há sempre o cliente que já conhece o produto que vem comprar de novo e que aconselha outras pessoas a adquirir», indica o comerciante, cuja salsicharia está sedeada em Freches. Considera que a feira prolongar-se por dois fins de semana «acaba por compensar, independentemente do trabalho que dá estar presente durante mais dias». Quem também vai fazer o pleno a nível de participações é Paula Júlio, produtora artesanal de queijo que se mostra «satisfeita» com o negócio feito na Feira, já que «vendemos mais ou menos bem». «Depende muito do tempo. Se tiver bom tempo ajuda ao negócio», sublinha, adiantando que costuma vender a pessoas «não só de Trancoso mas também de outras zonas e há sempre clientes que ficam de um ano para o outro», frisa a produtora proveniente do lugar de Vale de Mouro, freguesia de Tamanhos e concelho de Trancoso. Outro setor representado na Feira é o dos vinhos. Tiago Cabral, proprietário da Quinta da Canameira, localizada em Longroiva, concelho da Mêda, salienta que as expectativas sobre a participação na Feira do Fumeiro são «sempre boas», até porque «tem vindo sempre a aumentar o número de visitantes». O certame constitui «uma mais-valia em termos de vendas e também de dar a conhecer os nossos produtos», uma vez que «tem havido pessoas ligadas à restauração interessadas em provar e comprar». O empresário defende que a ideia dos dois fins de semana é «positiva», no sentido em que «dá mais tempo às pessoas para visitar e se tiver mau tempo num no outro poderá estar melhor».

Perspetivas de negócio «melhores que no ano passado»

Estreante nestas andanças é José Rocha, proprietário da Catedral do Baco, sedeada em Poço do Canto (Mêda) que sustenta que já conhece a Feira e que decidiu participar «para colaborar com os produtos locais e também porque há sempre maior divulgação». O «pequeno» produtor/engarrafador frisa também que os dois fins de semana «podem trazer mais gente à Feira» do que se fosse apenas num. Joaquim Clemente, da queijaria “Clemente & Clemente”, de Celorico da Beira, é outro dos repetentes, frisando que as expectativas para esta edição são «boas» e «melhores que no ano passado que foi mais fraco que há dois anos, quando esteve melhor tempo». Para além do negócio que se faz durante o período da Feira, o certame «também é bom para divulgar e dar a conhecer os nossos produtos a pessoas que ainda não os conhecem». Sobre a Feira se prolongar por mais que um fim de semana, diz que «pode haver algum desfasamento e as pessoas acabam por se dispersar», daí que se mostre «favorável a que fosse só num porque as coisas concentradas têm mais qualidade e mais alegria». Menos otimista quanto às vendas está José Mendes Matos, artesão de Vila Franca das Naves, que diz que o negócio costuma ser «fraco» e que «se calhar este ano ainda vai ser mais por causa da crise». Ainda assim, reconhece que a participação na Feira é «positiva para divulgar» as suas peças de artesanato em madeira.

Pensada com o propósito de divulgar os produtos regionais, nomeadamente os típicos enchidos da região, a Feira do Fumeiro já alcançou uma identidade própria, conquistando o apreço e o interesse dos comerciantes da região. Através deles, o público pode apreciar diversos tipos de enchidos tradicionais, como a chouriça, a farinheira e o bucho, os típicos queijos, industriais ou artesanais, tudo acompanhado de vinhos e pão regionais. Para os mais gulosos, os doces não vão defraudar as expectativas. O artesanato típico do Nordeste beirão também marca presença. Animação também não vai faltar. Pelo facto de atrair um apreciável número de visitantes, não só do interior como também do litoral, a Feira do Fumeiro revela-se essencial para a promoção e divulgação de setores “de peso” na economia regional, como o fumeiro e fumados, bem como os lacticínios.

Os enchidos são uma das iguarias do evento trancosense

Expositores com «boas expectativas» para a
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