Nem as portagens, o aumento do IVA na restauração ou a falta de neve afastaram público da XIXª edição da Expo Estrela – Mostra de Atividades e Feira de Artesanato de Manteigas que terminou anteontem.
No dia da abertura, o presidente do município frisou que a feira é «bastante importante para divulgar todo o potencial económico do concelho, para promover e também para venda», salientando que há expositores, «mesmo alguns de fora», que já vêm há cerca de 10 anos, o que só sucede «porque conseguem vender os seus produtos». Esmeraldo Carvalhinho salientou a importância da venda de produtos locais desde a doçaria tradicional aos produtos de panificação, queijo, enchidos e ao artesanato, «que se traduz já em artigos de alta costura através do burel que aqui é fabricado por sistemas ancestrais», salientou. «Tudo isso são produtos que saem muito nesta Expo Estrela, mas que também são divulgados através de todas estas atividades. Não contamos só com aquilo que é vendido no decorrer da mostra, mas também com o que vai ser vendido através do conhecimento que esta mostra pode proporcionar a quem nos visita», reforçou.
O autarca mostrou-se satisfeito com a afluência de público nas primeiras horas do certame, «pese embora alguns constrangimentos que não têm nada a ver com Manteigas e com a Expo Estrela», mas com as portagens e o aumento do IVA na restauração. «Os manteiguenses aderiram bem e estiveram em massa na abertura e estamos a ver muita gente de fora também, pessoas que vão deambulando pela Serra porque há mais atividades nos outros concelhos e também aproveitam para visitar o nosso», disse. De resto, o edil reconheceu que «se tivéssemos outros atrativos, como a neve, teríamos certamente mais gente, mas dentro das limitações estamos em crer que vamos ter muita gente a passar por Manteigas». Esmeraldo Carvalhinho acrescentou que é um local «muito mais atrativo do que qualquer outro concelho à volta da Serra, sem menosprezo pelos restantes, porque temos paisagens completamente diferentes e caraterísticas únicas que nos diferenciam».
Ricardo Cordeiro 
