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Eugénio de Andrade

Por: Américo Brito

Foi no dia 13 de Junho de 2005 que morreu, no Porto, José Fontinha. Ficará imortalizado na arte da poesia sob o pseudónimo de Eugénio de Andrade. Tinha nascido na Póvoa de Atalaia (Fundão) a 19 de Janeiro de 1923.

Após viver em Lisboa entre 1932 e 1943, fixou-se no Porto e a partir de 1950 foi funcionário dos Serviços Médico-Sociais. A sua estreia nas letras acontece em 1940 com o livro “Narciso”, afirmando-se definitivamente com a coletânea “As Mãos e os Frutos” (1948). Traduziu com sobriedade os momentos de plenitude que ocorrem na vida, fossem eles de sensualidade ou de dor, sem inibições nem camuflagem, numa sinceridade contida por uma elegante reserva. Pelo depurado sentido do ritmo e pelo aproveitamento dos símbolos ao serviço de uma emoção extremamente lúcida, foi um dos maiores poetas portugueses contemporâneos. Alguns títulos da sua vasta produção poética: “As Palavras Interditas” (1951), “Coração do Dia” (1958), “Mar de Setembro” (1961), “Os Afluentes do Silêncio” (1968), “Obscuro Domínio” (1971), “Véspera da Água” (1973), “Limiar dos Pássaros” (1976), “Memória de Outro Rio” (1978), “Matéria Solar” (1980), “Branco no Branco” (1984) – Prémio de Poesia Jean Malrieu, Paris –, “O Outro Nome da Terra” (1988), galardoado com Grande Prémio de Poesia da APE, e “Porto, Sulcos do Olhar”, (1988).

Eugénio de Andrade

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