Arquivo

Estudantes do IPG com casa nova

17 anos depois de ter sido criada, Associação Académica ganha sede moderna

Foi ao som da Copituna d’Oppidana, a tuna académica do Instituto Politécnico da Guarda, e na presença de muitas capas negras, que foi inaugurada com “pompa e circunstância” a nova sede dos estudantes. Após 17 anos de espera. O moderno edifício fica situado à entrada do campus do IPG e trata-se de «uma velha necessidade» para o presidente da Associação de Académica da Guarda (AAG), Sérgio Pinto, e uma «velha ambição» para o presidente do Politécnico, Jorge Mendes. Mas a nova sede vai ter horários e regras mais rígidas que o antigo “Bacalhau”.

Quando Jorge Mendes tomou posse pela primeira vez em 2001, a construção deste equipamento estava fora da agenda e o que existia era a ideia de manter o espaço já existente, ou seja, o antigo edifício do “Bacalhau”. «Fui uma das pessoas que assumiu ser importante para a instituição ter instalações mais condignas», recorda o presidente, para quem a construção da nova sede é uma «ambição antiga». É mesmo um projecto que sente «como se fosse um filho meu», confessa. O edifício, já devidamente equipado, custou cerca de um milhão e cem mil euros, dos quais 90 por cento foram comparticipados pelo Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) e o restante com receitas próprias do IPG. A nova sede, projectada pelo arquitecto João Rafael, está dividida por dois pisos. Para além do auditório e do bar, no primeiro andar, ficam ainda os serviços administrativos. No piso superior encontram-se salas para as várias secções daquela estrutura associativa, incluindo, entre outras, um espaço específico para a Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde e outro para a Tuna do IPG.

Tendo em conta a degradação do antigo “Bacalhau”, foram muitos os apelos para que os alunos tenham cuidado com a utilização destas instalações. Jorge Mendes considera que «é uma casa dos estudantes, por isso a preservação cabe-lhes a eles», mas adiantou que o IPG vai «acompanhar» semanalmente o espaço e cuidar da sua limpeza. A começar pelos horários que são estipulados pela instituição. Assim, nos dias úteis, a sede estará aberta até às duas da madrugada, nos sábados até às 20 horas e encerrará aos domingos e feriados. «Hoje fez-se história, termina uma odisseia que começou em 1988 quando se formou a Associação de Estudantes», realçou Sérgio Pinto, adiantando terem sido 17 anos de «perseverança, luta e resistência». Trata-se de um momento importante para a academia, que «não tinha instalações condignas», recorda o representante dos estudantes. Para além da evocação do passado, Sérgio Pinto fez também uma reflexão para o futuro, onde espera que o IPG seja «mais estável, seguro e ainda mais próspero».

A sede vai estar aberta à comunidade em geral, com excepção do bar, onde só serão admitidos sócios, funcionários ou docentes. Entretanto, já estão a ser celebrados protocolos para o aluguer do auditório a outras associações, paara além de diversas actividades para os estudantes. O “Bacalhau” tal como era conhecido fechou-se, «agora vai ser aberto um novo ciclo, mais sóbrio», assegura Sérgio Pinto.

Presidência do IPG em “stand-by”

Com esta inauguração, «fecha-se um ciclo de quatro projectos» a que se propôs o presidente do IPG, designadamente a Escola de Turismo de Seia, a sede da Associação de Estudantes, a construção de um pavilhão gimnodesportivo e a ampliação da Escola de Saúde. Há outros empreendimentos delineados, mas que vão ter que aguardar até que a situação legal da presidência do instituto se resolva. «Caso continue a ser presidente, tenho alguns projectos pensados, mas neste momento estão todos em “stand-by”», adianta Jorge Mendes, que acabou por revelar alguns dos seus desejos, nomeadamente a construção da Escola Superior de Saúde no campus, de um infantário para filhos dos professores, alunos e funcionários. E ainda a recuperação dos edifícios da ESEG e da ESTG.

Patrícia Correia

Sobre o autor

Leave a Reply