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Estradas de Portugal refuta críticas da Turistrela

«A prioridade são os acessos às povoações, escolas, hospitais, etc., e só de seguida as zonas de lazer», esclarece a responsável pelo Centro de Limpeza de Neve

O Centro de Limpeza de Neve está «dimensionado a nível de equipamento e de mão-de-obra, de modo a dar resposta às solicitações decorrentes da queda de neve e de formação de gelo nas estradas nacionais situadas no maciço central da Serra da Estrela, tendo como primeira prioridade os acessos às povoações, escolas, hospitais, etc., e só de seguida as zonas de lazer». O ponto de ordem é da Estradas de Portugal (EP), que gere aquele serviço, após as críticas da Turistrela, na semana passada.

Recorde-se que a concessionária do turismo na montanha mais alta do continente voltou a contestar o fecho dos acessos ao maciço central, considerando que «o encerramento e as reaberturas muito tardias» das estradas estão a tornar-se num «hábito» com consequências «graves» para a economia local. Segundo o administrador Artur Costa Pais, «os turistas já não vêm, pois, cada vez que neva, já sabem que as estradas estão fechadas. É uma ideia que quase se vulgarizou e que penaliza bastante quem trabalha na Serra». Este ano, a EN 338, entre Manteigas e os Piornos, e a EN 339, que atravessa a zona alta da Serra, ligando a Covilhã a Seia, passando pela Torre e a Lagoa Comprida, estiveram fechadas ao trânsito vários dias por causa dos nevões. A Turistrela sugere, por isso, a privatização do serviço de limpeza de neve com a introdução de um sistema de penalização por dias de estradas encerradas, como acontece em Espanha.

Confrontada por O INTERIOR, a EP garante que «desenvolve todos os esforços» para manter aquelas estradas abertas «o maior número de horas, excepto quando as condições climatéricas não o permitem em condições de segurança, mesmo com passagens sucessivas dos limpa-neves». Segundo o gabinete de comunicação institucional da empresa pública, as acessibilidades à Serra da Estrela «só não estão garantidas em condições climatéricas adversas, em que não estejam reunidas as condições mínimas de segurança para a circulação rodoviária». Contudo, a EP escusou-se a comentar as críticas recorrentes da Turistrela ao serviço de limpeza e a sua eventual privatização, como sugeriu a concessionária do turismo. Sem resposta ficou também a pergunta sobre qual a melhor opção neste caso, entre fechar estradas ou evitar que os automobilistas possam levar o carro até à Torre, acedendo através de meios alternativos.

Actualmente, o Centro de Limpeza de Neve conta com cerca de 17 funcionários, sete limpa-neves e três rotativas, que actuam em zonas onde a neve é muito alta.

Luis Martins Turistrela defende a privatização da limpeza de neve na Serra da Estrela, EP não comenta

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