Como já deve ter reparado desde à algum tempo a esta parte que a proliferação de televisores de plasma e de cristais líquidos, conhecidos como LCD, tem sido grande. Um pouco por todo o lado é possível encontrar este aparelhos formados por substâncias que se encontram em estados que não estão de acordo com as definições normais dos gases, líquidos ou sólidos.
Existem muitos outros exemplos de estados da matéria pouco convencionais como por exemplo a gelatina, que não é realmente nem um líquido nem um sólido ou o fumo, que não é nem um gás puro nem um sólido.
Apesar só agora fazer parte do léxico de grande parte dos indivíduos o plasma sempre existiu. A matéria das estrelas e das caudas dos cometas encontra-se na forma de plasma, que mais não é do que uma mistura de partículas com carga eléctrica que transcende a definição normal de gás. O plasma, em geral, só pode existir a temperaturas extremamente altas.
Costuma dizer-se que o plasma é o quarto estado da matéria; isto é, uma fase para além da gasosa. Efectivamente, o plasma produz-se aquecendo um gás a uma temperatura tão elevada que os seus átomos e as suas moléculas percam electrões e se convertam em partículas carregadas electricamente – os iões. Esse gás está quase totalmente ionizado e transforma-se num bom condutor de electricidade. Os gases que intervêm nas reacções termonucleares do Sol e outras estrelas encontram-se na forma de plasma. Os cientistas actualmente estão a tentar reproduzir um plasma igual na Terra, aquecendo em instalações especiais os gases deutério e trítio (átomos de hidrogénio com número maior de neutrões no núcleo) a dezenas de milhões de graus. Deste modo, procuram reproduzir a reacção de fusão termonuclear que ocorre no Sol, e que constituiria a solução para os nossos problemas energéticos.
Outros tipos de televisores são os LCD (Liquid Crystal Display) que são constituídos por cristais líquidos.
O estado liquido é um intermédio entre o sólido e o gasoso. Algumas substâncias, em contrapartida, são intermédias entre os sólidos e os líquidos. Num cristal líquido, os átomos ou as moléculas encontram-se dispostos num esquema semelhante ao de um cristal sólido. Mas esse esquema não está completamente fixo; pode ser alterado pelo calor ou por meio de um campo eléctrico. Alguns cristais líquidos mudam de cor a determinadas temperaturas, pelo que se podem empregar em termómetros. Noutros, uma tensão eléctrica produz um esquema que altera o plano de luz polarizada. Esses tipos são os que se utilizam nos mostradores de cristal líquidos de relógios e calculadoras.
Por: António Costa