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Estacionamento pago no TMG

Fraca utilização dos utentes leva a autarquia a rever os projectos dos silo-autos previstos para a cidade

A partir de amanhã o parque de estacionamento do Teatro Municipal da Guarda (TMG), com capacidade para 175 lugares divididos em três pisos, passa a ser pago após um período experimental gratuito. No entanto, a sua fraca utilização pelos automobilistas vai levar a autarquia a rever os outros parques de estacionamento subterrâneos previstos para a cidade.

Por isso a autarquia «vai repensar os outros parques de estacionamentos», como o do Jardim José de Lemos ou do Largo Dr. João Soares, junto ao antigo ciclo, avança Esmeraldo Carvalhinho, vice-presidente da autarquia e vereador com o pelouro do trânsito. «Será que há mesmo necessidade de outro parque já que aquele está vazio todos os dias?», questiona. «Se existe um parque de estacionamento no centro que está sem carros», com uma taxa média de ocupação de 25 por cento, «é porque existem lugares suficientes na cidade», conclui o vereador. Portanto, «ou as pessoas não estão informadas da sua existência, ou andamos todos enganados e não há problemas de estacionamento na Guarda, logo não são precisos silos-auto subterrâneos», estranha o vice-presidente da autarquia, que admite inclusive a possibilidade de rever os outros projectos. Porém, acredita que o parque de estacionamento do TMG ainda é «desconhecido» por muitos guardenses, pelo que alerta alerta para uma maior assiduidade dos utentes. Caso contrário os silo-autos previstos poderão não avançar: «A autarquia terá que fazer uma análise mais profunda», adianta o responsável, lembrando que os projectos foram apresentados antes da conclusão do parque de estacionamento do TMG. De resto, a experiência retira alguma legitimidade a quem vier reclamar parques de estacionamento, pois «temos ali um vazio quase sempre vazio», insiste o vereador.

Quanto à sinalização do parque de estacionamento também vai ser revista. Para além de ser colocada sinaléctica na cidade a indicar o silo-auto, a autarquia também quer apertar com a fiscalização. «Devia haver uma fiscalização mais severa por parte das forças de segurança, cada entidade deve cumprir com a sua responsabilidade», diz Esmeraldo Carvalhinho, dando como exemplo as dezenas de automóveis mal estacionados, em segunda fila ou em cima dos passeios, enquanto os lugares do parque do TMG estão vazios. Quanto às tarifas, os utentes vão pagar a partir de 50 cêntimos por hora, das 8 às 20 horas, valor que se altera consoante o número de horas de permanência. Entre as 20 e as 8 horas, pelo mesmo período de tempo, pagar-se-ão apenas 30 cêntimos. O TMG prevê também avenças mensais nas modalidades diurna, nocturna e diária. Sendo que a diurna custa cem euros, a nocturna 50 euros mensais e a diária 150 euros. O parque dá ainda acesso directo ao espaço do café concerto do TMG. Recorde-se que a autarquia lançou em simultâneo os projectos dos dois silos-auto subterrâneos, um no Jardim José de Lemos e outro no Largo Dr. João Soares. No entanto, ainda nenhum deles avançou. O silo-auto projectado para junto da escola de Santa Clara, aprovado na Assembleia Municipal de Dezembro, vai ser construído em regime de concepção, construção e exploração. A Câmara estima que a sua implantação possa fazer-se até três pisos para uma capacidade de 500 veículos, entre o ISACE, o largo e a zona do Solar de Alarcão, nas imediações da Sé Catedral. No caso do Jardim José de Lemos, está estipulado um mínimo de 450 lugares distribuídos por dois pisos.

Patrícia Correia

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