Estacionamento na Biblioteca da Guarda vai ser pago

Dentro de pouco tempo, o estacionamento da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, inaugurada pelo Presidente da República a 27 de Novembro, vai passar a ser pago. Desde a abertura do equipamento cultural que os utentes se têm deparado com a incómoda situação de não poderem ali estacionar por os lugares estarem ocupados por moradores ou trabalhadores daquela zona da cidade da Guarda.

Sem querer falar em confusão na utilização do parque, a directora da biblioteca reconhece que «não houve uma definição clara desde o início e as pessoas aqui à volta foram usando o espaço». Nesse sentido, Ana Maria Pessanha considera que «há que definir claramente quem pode estacionar», indicando que «por vezes, os utentes querem vir à biblioteca e não têm lugar», pois há «pessoas que moram ou trabalham nesta zona que vêm cá deixar os automóveis». A responsável defende que os funcionários e os utentes devem ter «prioridade» no usufruto do estacionamento, voltando a sublinhar que se trata de «uma questão que tem de ser clarificada», pois «torna a coisa confusa», admite. Outra situação que já se verificou foi haver, por vezes, fornecedores que tiveram dificuldade em estacionar por «termos isto tudo entulhado de carros». «Há um funcionário que vai estando atento, mas não é a ele que compete controlar quem estaciona», avisa.

Na sua opinião, essa é uma decisão que cabe à Câmara, que já terá sido, inclusivamente, informada da utilização sem regras do parque por utentes descontentes. «Não há placas nenhumas que digam para quem são os lugares e às vezes torna-se complicado», refere, sublinhando que se trata apenas de 18 lugares, daí que o parque seja «relativamente pequeno». Contudo, Ana Maria Pessanha garante que a utilização do parque não afecta o normal funcionamento da biblioteca. «Convém que seja resolvido por uma questão de se ordenar o estacionamento, mas temos outras coisas mais urgentes», acrescenta. Por sua vez, o vereador da Cultura na Câmara assegura que a resolução desta questão deve estar «para breve», passando a ser «um parque privativo a pagar» e que não será exclusivo para os utentes. «Desde que paguem, todas as pessoas podem estacionar», sublinha Virgílio Bento, avisando, no entanto, que o local «não é para resolver os problemas de estacionamento da zona», até porque existe o parque do Teatro Municipal da Guarda «a 100 metros».

Já os trabalhadores da biblioteca passam a pagar uma «mensalidade, descontada no vencimento», semelhante à cobrada aos funcionários do TMG e da autarquia para utilizarem os respectivos parques de estacionamento. Ainda «não é certo que a solução a ser adoptada seja a dos parquímetros», mas é garantido que os utilizadores do parque serão sujeitos a pagamento na hora. «Já mandámos fazer as placas e só estou à espera que elas cheguem» para o parqueamento passar a ser pago e ordenado, adianta o vereador.