E foi no fim de semana passado que eu me iniciei nesta correria que, anualmente, leva milhões de portugueses a permanecerem sentados por horas e horas a comer o que, juram a pés juntos, vão «desgastar já a partir de segunda-feira» – atenção que esta portuguesa pode perfeitamente ser eu!
Mas bem, não é para falar das ementas que eu estou aqui, até porque, para mim, o que interessa são mesmo só as sobremesas – aquelas que me complicam a vida no que diz respeito ao verdadeiro tema deste artigo: a roupa!
Pois bem, vou ser mais prática do que nunca e ir direta ao assunto: se não querem mais ninguém com o mesmo look ou e-xa-ta-men-te com o mesmo vestido que vocês – desculpem a sinceridade – não se ponham a jeito!
É um facto que os homens vão sempre todos de igual, mas nunca ouvi nenhum queixar-se. Agora nós? Nós, não! Nós temos vontade de esbulhar e expulsar dali (subentenda-se, do planeta terra) a pessoa que ousa ter o mesmo gosto que nós, tal o grau de insolência que isso representa naquele contexto concreto!
Ora bem: recusem o vestido que está na montra da loja mais concorrida, fujam do macacão de uma das cores do ano, evitem a tendência das tendências da estação! Um pedacinho de originalidade e um toque pessoal, que não se cinja somente a um vestido azul esmeralda (seja ele curto, médio ou comprido); a um blazer branco (seja qual for a forma e o feitio); a umas calças ou a um vestido vermelho-sangue (que nem dão nada nas vistas!!) ou ao jumpsuit preto que é partilhado em todos os «instas» de moda, são o segredo!
E, como veem, é simples! Basta não optarem por uma das peças mais evidentes do momento, em vez de acreditarem demasiado na sorte e acharem que mais ninguém terá a mesma ideia que vocês!
Por: Joana Dente
* Jurista/ makeup artist / fashion stylist