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Espírito de condenado

Sporting da Covilhã perdeu com a Ovarense e acabou com as poucas esperanças de ainda lutar pela manutenção

O Sporting da Covilhã sofreu no passado sábado mais uma derrota no campeonato e terminou com poucas esperanças de manutenção na Liga de Honra. A equipa serrana está agora a dez pontos do Portimonense, quando estão em disputa apenas doze.

A derrota com a Ovarense acaba por marcar o Covilhã como uma equipa já sem chama e esperança, atitude demonstrada especialmente na primeira parte. Os “Leões da Serra” apresentaram uma equipa sem várias peças influentes, com Cordeiro e Orlando a titulares. E a falta de jogadores como Rui Morais e Ankyofna fez-se sentir, com a defesa serrana a ter muitas dificuldades para parar os ataques dos vareiros. Desde os minutos iniciais, o Covilhã foi empurrado para o seu último reduto, deixando sempre muitos espaços para os laterais subirem, situação que provocou muitos desequilíbrios e jogadas de perigo. Depois de duas oportunidades claras, desperdiçadas por Nei e Madaleno, o esperado golo da Ovarense apareceu ao minuto 24. Na sequência de um lançamento de linha lateral marcado rapidamente, a bola foi lançada para a área onde surgiu o corte de Piguita para o pior sítio, onde Leandro aproveitou para fazer um chapéu a Celso, beneficiando da trajectória que o vento deu à bola. Depois deste golo, esperava-se a reacção serrana, mas quem marcou o segundo foram os visitantes. Madaleno aproveitou uma desatenção da defesa covilhanense em plena grande área e marcou um grande golo, num pontapé de bicicleta. João Cavaleiro fez então entrar Flávio, mas a equipa continuou com muitas dificuldades em rematar à baliza da Ovarense. As únicas chances serranas surgiram de lances de Orlando, mas tudo saiu mal na hora do remate.

Na segunda metade, e já com o vento a favorecer o Covilhã, os locais tiveram as melhores oportunidades para marcar. Aos 49’, Hermes fez um centro milimétrico para Orlando, mas o extremo falhou incrivelmente. Dez minutos depois, foi Cordeiro a ter uma jogada para golo, mas o remate saiu demasiado cruzado. A melhor oportunidade surgiu a quinze minutos do fim, com Oseias a cabecear para golo, mas Jorge Humberto salvou sobre a linha. A partir deste lance, a turma covilhanense desistiu praticamente do jogo, com a Ovarense a voltar a controlar as operações. Já no período de descontos, Flávio atirou ao lado quando estava isolado. João Cavaleiro referiu, no final do jogo, que algumas peças «influentes» fizeram falta à equipa e que os jogadores tentaram tudo para um resultado diferente. José Oliveira, presidente da Ovarense, afirmou, por sua vez, que a vitória foi «indiscutível» e que a manutenção está «assegurada».

Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã

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