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«Esperamos poder dar as mãos e caminhar todos juntos para o sucesso do IPG»

Cara a Cara – Entrevista

P – Quais são as grandes ambições da nova direcção da AAG?

R – Existem, essencialmente, dois projectos. Primeiro, fazer uma reaproximação à cidade que é aquilo que foi o nosso grande lema de campanha. Isto, na tentativa de nos “reconciliarmos” com a Guarda e os guardenses para tentarmos em conjunto elevar o IPG. Consideramos que a Guarda e o IPG têm o cordão umbilical cortado e nós temos a noção de que ele deve existir e deve fazer sobressair o prestígio da instituição. Outra grande batalha a travar é a de estarmos mais presentes naquilo que é o domínio dos alunos. Queremos estar mais próximos deles, ouvi-los, para com isso trabalharmos melhor e com mais união. Depois, há um conjunto de batalhas que teremos de travar. O processo de Bolonha avizinha-se e para o IPG tem uma vertente, de certa forma, perigosa que queremos discutir com as entidades competentes, os directores das escolas e o presidente. Queremos reivindicar tudo aquilo que seja importante e imperativo para o ensino politécnico.

P – E projectos?

R – Vamos fazer uma semana cultural destinada, única e exclusivamente, ao estudante, com uma grande vertente de actividades. Vamos também colocar ao dispor dos estudantes e da cidade uma semana cultural com teatro, música, filmes, pintura, escultura… Tudo o que são revistas e boletins informativos, concretamente “O Grito”, posso dar a certeza que neste mandato vão sair periodicamente. Outra grande batalha é a nova sede da Associação. Queremos mudar de casa porque achamos que não existem condições mínimas para trabalhar no actual “Bacalhau” e portanto vamos tentar “apoderar-nos” da sede para com isto trabalharmos mais e melhor.

P – A nova sede vem dar uma força suplementar à nova direcção?

R – Achamos que daqui a quatro ou cinco meses, no máximo, teremos de estar a começar a trabalhar na nova sede da Associação. Ao começarmos e ao idealizarmos este projecto, foi obviamente com o sentido de trabalhar. Para isso, optimizámos duas forças que achámos importantes: a experiência e a nova geração. Para que todas estas forças estejam a coagir e a interagir é necessário obviamente haver motivação e achamos que com a nova sede teremos uma motivação suplementar.

P – Vai mudar alguma coisa em relação ao que vinha sendo seguido pela anterior direcção?

R – Com certeza. Como já disse, juntámos a experiência de alguns elementos a uma nova carga de recursos humanos, motivados e com vontade de trabalhar. Para isso, temos alguns projectos que vamos tentar optimizar, melhorar e dinamizar no que concerne aos anteriores corpos sociais da Associação. Mas obviamente que temos projectos próprios e queremos levá-los avante. Portanto, vamos tentar melhorar o que de bom foi feito e criar novos objectivos, que já existem e que no tempo próprio serão apresentados num plano de actividades.

P – Como é que vê a fraca adesão às urnas?

R – Relativamente a essa matéria, considero que o dia das eleições foi mal escolhido, isto porque foi véspera de férias, com muitos estudantes a deslocarem-se para os locais onde residem. Outros contratempos suplementares foram duas visitas de estudo que envolveram bastantes alunos. Ainda assim votaram um terço dos alunos, o que consideramos uma grande vitória.

P – E o facto de não ter havido oposição?

R – Podemos encarar esse facto de duas formas. A primeira é a de podermos considerar que os estudantes do IPG estão contentes com o trabalho desenvolvido pela Associação, a lista que se formou e o projecto ambicioso que apresentámos. Por outro lado, podemos considerar que o associativismo está a morrer e se considerarmos esta premissa como sendo a mais verdadeira, o IPG está com problemas. Assim, não posso fazer um comentário fidedigno porque não sabemos se, de facto, existe um contentamento ou se o associativismo está a perder força.

P – O que espera da presidência do IPG?

R – Sem a ajuda da presidência será, obviamente, difícil trabalharmos e por isso queremos coagir com as forças dinamizadoras do IPG e os seus órgãos de gestão. Estou não só a falar da presidência, como dos directores das várias unidades orgânicas e esperamos que, de uma vez por todas, possamos dar as mãos e caminhar todos juntos para o sucesso do IPG.

P – E da cidade da Guarda?

R – A cidade foi um mote da nossa campanha e achamos que a Guarda se distanciou há muito do IPG. Quanto a nós não pode haver esse distanciamento porque, a nível regional, o IPG assume uma importância vital. Daí acharmos que só caminhando todos no mesmo sentido é que poderemos fazer crescer a região, o IPG e a própria cidade.

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