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Esgalhado e Meireles em tribunal

Em causa o acordo celebrado para acabar a polémica dos 148 fogos de habitação social do Tortosendo

João Esgalhado, vereador com o pelouro do urbanismo na Câmara da Covilhã, vai mover uma acção judicial contra o líder da bancada PS na Assembleia Municipal, Artur Meireles, por se sentir «ofendido» com as «injúrias» proferidas pelo socialista na última sessão daquele órgão autárquico.

O “verniz” estalou por causa de uma carta que João Esgalhado enviou a todos os deputados municipais para que «reflectissem» sobre o acordo estabelecido entre o Sport Tortosendo e Benfica (STB), a Câmara da Covilhã e a Junta de Freguesia do Tortosendo para acabar com a polémica à volta das 148 casas de habitação social no Bairro do Cabeço, naquela localidade. Usando a palavra na Assembleia Municipal, Artur Meireles, também presidente da mesa da Assembleia-Geral do STB, acusou João Esgalhado de ser «ignorante, incompetente e mentiroso» ao insinuar na missiva que o clube tinha assinado o acordo apenas por obter interesses particulares para as obras de beneficiação da sua sede. «É um incompetente, porque das quatro vezes que esteve reunido com membros dos órgãos sociais do clube, nunca pôs em causa a propriedade dos terrenos» onde foram construídos alguns dos blocos habitacionais, frisou o socialista, que acusou ainda Esgalhado de ser «um mentiroso».

«Omite deliberadamente uma parte do acordo judicial assinado em Março de 2005, onde estão escritas as contrapartidas monetárias, mais obras de beneficência do campo de futebol que o STB recebe por ter abdicado de reclamar a propriedade dos seus terrenos», apontou Meireles, citando a decisão do Tribunal da Covilhã: «Condene-se o Sport Tortosendo e Benfica a receber 450 mil euros, mais obras de beneficiação do campo de futebol, como paga pelos seus terrenos». Esgalhado, que não estava presente na Assembleia Municipal, dirigiu-se imediatamente para o local onde estava a decorrer a sessão após ter sido informado das acusações de Artur Meireles para o informar que iria accionar um processo judicial. Por sua vez, Meireles anunciou que também vai interpor uma acção judicial contra o vereador por ter encontrado «material suficiente» para tal, referindo ainda que irá obrigar João Esgalhado a apresentar «um pedido de desculpas público».

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