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Escultura em ferro assinala morte de Inês de Castro

A iniciativa pertence à Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo

Para marcar o encerramento deste ano Inesiano, a Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo está a promover a execução de uma escultura em ferro, alusiva ao assassínio de Inês de Castro. A obra já está a ser realizada, por um jovem artista da terra, e pretende-se que seja inaugurada no dia 7 de Janeiro, precisamente, no trágico dia em que morreu D. Inês. Para tal, está a decorrer uma recolha de fundos.

A Associação Cultural e Desportiva local, não querendo que o Jarmelo fique alheio às comemorações do corrente ano Inesiano «está a promover a execução de uma escultura em ferro, representativa do Assassínio de Inês de Castro», conta Isidro Almeida, daquela colectividade. A escultura a desenvolver pretende recriar o quadro pintado no início do século XX por Columbano Bordalo Pinheiro intitulado “O Assassínio de Inês de Castro”. A ideia de fazer uma escultura em ferro está relacionada com a tradição da arte de trabalhar o ferro por aquelas terras, «e também para assinalar uma data tão importante, como aquela, que alterou a história do Jarmelo», justifica Isidro Almeida. O conjunto de “estátuas” representa a trágica cena e será criado por um artista da terra, Rui Miragaia, que aprendeu a arte de trabalhar e dar expressão às suas peças, com o pai. «A escultura vai ser composta por sete figuras e neste momento, três já estão concluídas», adianta o elemento da Associação.

Para levar a cabo este projecto de colocar o Jarmelo “no mapa”, entre os locais com actividades do Ano Inesiano, serão necessários 3 mil euros, pelo que já está a decorrer uma campanha de recolha de fundos. «Todo e qualquer apoio, será bem vindo», frisa Isidro Almeida, como tal está a decorrer uma campanha de sensibilização junto das entidades públicas e privadas. Entretanto já foi enviado um documento para aprovação do IPPAR, a propor alguns locais para a colocação da escultura. Tanto poderá ficar junto à muralha do castro ou junto à Casa Museu, «mas ainda poderão surgir outras hipóteses», ressalva Isidro Almeida. Apesar de ainda não existir uma localização certa, já está definida a data da sua inauguração, «prevê-se que seja dia 7 de Janeiro», revela o promotor da iniciativa, ou seja, 651 anos depois da morte D. Inês.

Trata-se de uma oportunidade para mostrar a história de Portugal a quem visita o Jarmelo, através daquela ilustração em ferro, «passaremos a ter à vista de todos uma descrição do motivo que levou ao abandono da antiga vila», sublinha Isidro Almeida, ou seja, «o que levou o Jarmelo a ser o que é hoje!», acrescenta.

Aquela localidade está tragicamente ligada ao assassínio de Inês de Castro. Era dali o fidalgo Pêro Coelho, um dos assassinos de Inês de Castro. Ainda hoje, passados tantos anos sobre esse facto histórico, se continua a explicar que a causa do desaparecimento do Jarmelo se deve à vingança do Rei D. Pedro sobre estas terras. De resto esta é uma oportunidade única, pois «só em 2055 voltará a haver um Ano Inesiano», recorda o responsável.

Patrícia Correia

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